Ao se encontrar com líder dos agentes, o prefeito teria ameaçado romper contrato se a denúncia for admitida pelos vereadores
Fabrício Salvino
Um áudio que circula nas redes sociais tenta mobilizar os agentes de saúde contratados pela prefeitura de Divinópolis a irem à Câmara Municipal, nesta terça-feira (8/8), protestar e pressionarem os vereadores a rejeitarem a Denúncia de Infração Político-administrativa contra o prefeito Gleidson Azevedo (Novo). Lembrando que a admissibilidade da denúncia não significa o impeachment, mas sim a investigação.
No áudio, o autor não se identifica, porém afirma para os demais contratados que se reuniu com prefeito. Na oportunidade, o irmão do senador Cleitinho Azevedo teria pedido para que os contratados irem novamente a Câmara com intuito de pressionar os vereadores.
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Ele teria ainda ameaçado a romper os contratos que foram renovados em cima de uma liminar. Ele diz que caso a denúncia seja aceita, todos os contratos seriam demitidos no dia seguinte, ou seja quarta-feira (09/08).
“Se for aceito o pedido de impeachment, eu tenho que desligar vocês, todos vão ter que ser desligados, eu não quero que isso acontece, só que eu não posso continuar com vocês, sendo que meu pedido de impeachment são vocês, eu tenho que dar uma solução para câmara, ficar livre do problema e já o que o problema são vocês eu vou encerrar o contrato de vocês amanhã.”, relata o autor no áudio, dizendo que o prefeito teria repassado essas informações.
Não nega e nem confirma
O autor do áudio seria o líder dos agentes comunitários contratados. À reportagem do PORTAL GERAIS ele não confirmou a autoria. Disse apenas que não autorizava o compartilhamento de áudios dele atribuindo a ele a autoria.
Ele também negou ameaças e disse que os agentes foram muito bem recebidos todas as vezes que precisaram.
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A assessoria de comunicação da prefeitura diz não ter conhecimento e que não procede qualquer orientação para os agentes protestarem na câmara. Questionada se o representante dos agentes esteve com algum membro da prefeitura entre ontem e hoje, o órgão se recusou a responder.
“Hojé é um dia de muitas especulações, em razão da votação da admissibilidade do pedido de impeachment e que em razão disso, tudo que for relativo a este assunto não iremos nos manifestar”, disse a prefeitura em nota.
