cesta básica divinópolis
Foto: Valter Campanato/ Agência Brasil

Mesmo com queda na carne, custo sobe 1,12% e trabalhador compromete quase metade do salário

O preço da cesta básica subiu 1,12% em fevereiro e chegou a R$ 676,61 em Divinópolis. Em janeiro, o valor estava em R$ 669,12.

Dessa forma, a pesquisa do Núcleo de Estudos e Pesquisas Econômico-sociais (NEPES), de uma faculdade de Divinópolis, revelou que banana, leite e café impulsionaram a alta.

Carne fica mais barata, mas não evita aumento geral

Por outro lado, o preço da carne bovina (chã de dentro e chã de fora) caiu 3,05%. Como consequência, essa redução ocorreu devido à maior oferta de gado para abate e à pressão dos frigoríficos.

Além disso, outros três produtos também ficaram mais baratos: óleo de soja (-7,56%), arroz (-5,64%) e pão francês (-2,10%).

De acordo com o coordenador do NEPES, professor Wagner Almeida, a colheita da safra 2024/2025 aumentou a oferta de soja e, assim, reduziu o preço do óleo.

Café e leite pressionam alta da cesta

Por outro lado, a banana (23,21%), o leite (9,35%) e o café (7,64%) registraram as maiores altas. Além disso, outros produtos também ficaram mais caros, como tomate (1,33%), farinha (1,24%), açúcar (1,05%), manteiga (0,16%), feijão (0,09%) e batata (0,06%).

Segundo Wagner Almeida, “o estoque de café caiu devido à menor produção no Brasil e no Vietnã. Além disso, a demanda internacional firme elevou ainda mais os preços”.

Cesta básica sobe 9,5% em um ano

Em comparação com fevereiro de 2024, o custo da cesta básica aumentou 9,5%. Além disso, nos últimos 12 meses, a alta acumulada chegou a 8,3%.

Para chegar a esses números, os pesquisadores levantaram os preços entre 21 e 26 de fevereiro em sete supermercados de Divinópolis que possuem açougue, padaria e hortifrúti.

Trabalhador compromete quase metade do salário

Diante desse cenário, quem recebe um salário mínimo precisou comprometer 48,2% da renda líquida para comprar a cesta básica em fevereiro. Em janeiro, esse percentual estava em 47,7%.

Portanto, o avanço dos preços pressiona cada vez mais o orçamento das famílias e reforça a necessidade de monitoramento constante do custo dos alimentos.