O suspeito estava morando na casa da vítima após deixar o Centro Socioeducativo; O idoso foi queimado vivo
A Polícia Civil divulgou detalhes sobre mais um crime bárbaro ocorrido em Divinópolis. O corpo do idoso Luíz Antônio Emery, de 65 anos, foi encontrado queimado e torturado, enterrado no quintal da própria residência, situada no bairro Jardim das Acácias. As investigações relatam a morte da vítima, ocorrida com requintes de crueldade.
Investigações
Luíz Antônio estava desaparecido desde o dia 15 de agosto e após a família dele procurar a PC sobre o sumiço do idoso, os policiais iniciaram a investigação. De acordo com o delegado regional, Leonardo Pio, a vítima vivia afastada dos parentes e algumas pessoas costumavam frequentar a casa dela para beber e usar substâncias entorpecentes. Durante as apurações, foram identificados dois suspeitos, sendo os jovens Morenilson Santos de Almeida, de 18 anos e Pablo Henrique Araújo de Melo, de 19 anos.
“O Morenilson sustenta que já há algum tempo costumava frequentar a residência da vítima, em especial, depois que deixou o Centro Socioeducativo, porque não tinha local para ficar e o Pablo, que mora bem perto da residência do idoso, o apresentou para ela e então o Luiz acabou permitindo que o investigado ficasse dormindo por lá e permanecesse boa parte dos dias da semana”, detalhou Pio.
Motivação
De acordo com o delegado regional, no dia 15 de agosto, Morenilson estava na residência de Luíz Antônio desde o período da manhã e ele e Pablo acreditavam que a vítima possuía dinheiro no imóvel e algumas peças de caminhão, que poderiam ser vendidas e gerar mais valor, para comprarem bebidas e drogas. Com isso, a dupla entrou na residência e praticou o assassinato.
Primeiramente, os jovens entraram na residência e começaram a agredir o idoso, que caiu, estando indefeso e sem chances de reação. Em seguida, eles pegaram um barbante, amarraram em uma vassoura e começaram a enforcar a vítima.
“O Morenilson também traz em seu depoimento que uma vez em que a vítima não falecia, inclusive gemia em razão das agressões que estava sofrendo, ele e o Pablo, seu comparsa, arrastaram o idoso até o banheiro, pegaram diversos tecidos que estavam na residência, inclusive pedaços de espuma e com o combustível obtido no quintal, atearam fogo na vítima e fecharam a porta. Depois que o idoso havia falecido, amarraram os pés dele e arrastaram o corpo até o quintal. Lá, cavaram a cova e enterraram o cadáver”, contou Leonardo Pio.
Morenilson detalhou que ele e Pablo alteraram a cena do crime, tendo inclusive limpado o local por duas vezes. Além do dinheiro obtido, sendo R$ 55 da venda das peças e outros R$ 20, o suspeito alegou que o assassinato também ocorreu por vingança, devido a maus tratos alegados pelo jovem.
Frieza
Além do bárbaro crime, outros detalhes chamaram a atenção dos policiais, envolvendo a frieza dos suspeitos.
“Morenilson alegou que após enterrarem a vítima, ele disse que estava bastante cansado e com sede, coleta alguns limões do pé, volta para a residência e faz um suco de limão. Ele falou que estava fazendo isso sozinho neste momento uma vez que o Pablo havia ido até a sua casa, para pegar uma garrafa de uísque”, declarou Leonardo Pio.
Próximos passos
Morenilson foi preso pela Polícia Civil e segue no Centro Socioeducativo, por onde ainda deverá cumprir pendências relacionadas ao histórico criminal, desde a adolescência. Posteriormente, ele será encaminhado ao presídio Floramar.
Já Pablo, que também é conhecido no âmbito policial segue foragido e a PC continua nas buscas para localizá-lo. As investigações do crime permanecem na linha de latrocínio e a causa da morte de Luíz Antônio será definida através do laudo de necrópsia do corpo, localizado na última sexta-feira (23).