Fernanda Farnes desenvolveu um método que contribui para o desenvolvimento da agricultura mais eficiente e mais sustentável
A 15ª edição do “Programa Para Mulheres na Ciência 2020”, tinha como tema os efeitos da pandemia da Covid-19 na saúde mental e métodos de preservação de plantações de soja. A lagopratense, Fernanda Farnes, bióloga do Instituto Federal Goiano, foi uma das 7 vencedoras desta edição.
O programa Para Mulheres foi criado com o objetivo de transformar o cenário científico por meio do empoderamento feminino na área. De acordo com informações, todo ano, na edição local, são escolhidas sete jovens pesquisadoras de diversas áreas de atuação que são contempladas com uma bolsa-auxílio de R$ 50.000,00 para aplicação em doze meses em sua pesquisa.
Nesta edição, quatro categorias foram contempladas através de 7 mulheres, sendo eles Ciências da Vida, Ciências Físicas, Ciências Químicas e Ciências Matemáticas.
Fernanda Farnes, uma das vencedoras, concorreu na categoria de Ciências da Vida. Em entrevista ao PORTAL GERAIS, afirmou que desenvolveu um método que contribui para o desenvolvimento de uma agricultura mais eficiente e mais sustentável, contribuindo, ao mesmo tempo, para a conservação dos recursos hídricos.
“O método proposto na pesquisa consiste na aplicação de nanopartículas liberadoras de óxido nítrico em plantas de soja. Essas novas tecnologias que aumentam a tolerância das plantas à seca são essenciais para tornar a agricultura brasileira menos dependente dos recursos hídricos. Aproximadamente 70% de toda a água doce do mundo é utilizada na agricultura e esse quadro pode piorar nos próximos anos, devido às previsões de mudanças climáticas, segundo as quais a precipitação no Brasil pode reduzir em até 30%.”, explicou.
Farnes afirmou que a pesquisa científica ainda é um campo onde a mulher precisa lutar para ser reconhecida e destacou ainda a importância de um projeto criado especificamente para as mulheres
“Programas como o “Para Mulheres na Ciência” são muito importantes para que mais meninas e mulheres se sintam inspiradas a seguir a carreira científica. Atualmente, embora as mulheres sejam a maioria em cursos de graduação e pós-graduação, elas ainda são minoria nos estádios mais altos da carreira”, afirmou.
“Então iniciativas que dão visibilidade ao trabalho de mulheres, além de inspirarem outras meninas a seguirem o mesmo caminho, também colocam em debate essa importante questão da mulher na ciência”, completou.
As vencedoras da 15ª edição são: Vivian Costa, Luciana Tovo, Andreia Melo, Fernanda Farnese, Rita de Cássia, Daniela Truzzi e María Amelia Salazar