O ex-deputado federal afirmou que o próximo a “pular do barco” será Paulo Guedes e usou adjetivos como “arrogante e prepotente” para classificar o presidente

O ex-deputado federal e pré-candidato a prefeito de Divinópolis, Fabiano Tolentino (Cidadania) afirmou que o presidente Jair Bolsonaro (Sem partido) “perdeu por incompetência” o agora ex-ministro da Justiça, Sérgio Moro. Antevendo as próximas crises do governo, disse que o ministro da economia, Paulo Guedes deverá deixar o barco.

“O próximo a pular do barco é o melhor ministro do governo, Paulo Guedes. Estive com ele em três situações e em todas ele criticou abertamente algumas ações do presidente, sobre temas diversos. Aí o que já está ruim, explode”, comentou.

O ex-deputado ainda usou uma frase popular para criticar o presidente.

“Bolsonaro só perde para ele mesmo”, enfatizou e completou: “Sua arrogância e prepotência, faz com que o seu corpo não consiga pagar os cheques que seu ego lança no mercado a cada dia”.

Tolentino destacou as duas vezes em que esteve com Moro.

“Nos dois ele me mostrou ser uma pessoa do bem e que quer o melhor, pode também ter seus erros pois ninguém é perfeito, mas quer um Brasil melhor”.

Pedido de demissão

O ex-ministro da Justiça pediu demissão do cargo, deixando o governo do presidente Jair Bolsonaro após quase 16 meses à frente da pasta. Ao anunciar sua decisão, Moro lamentou ter que reunir jornalistas e servidores do órgão em meio à pandemia do novo coronavírus para anunciar sua saída, mas esta foi “inevitável e não por opção minha”.

Em um pronunciamento de 38 minutos, Moro afirmou que pesou para sua decisão o fato de o governo federal ter decidido exonerar o diretor-geral da Polícia Federal (PF), Maurício Valeixo. O decreto de exoneração foi publicado hoje (24), no Diário Oficial da União. É assinado eletronicamente pelo presidente Jair Bolsonaro e por Moro, e informa que o próprio Valeixo pediu para deixar o comando da corporação.

O ministro, no entanto, afirmou que não assinou o decreto e que o agora ex-diretor-geral da PF não cogitava deixar o cargo. “Não é absolutamente verdadeiro que Valeixo desejasse sair”. Para o ministro, a substituição do diretor-geral, sem um motivo razoável, afeta a credibilidade não só da PF.

Com informações da Agência Brasil