Amanda Quintiliano
O vereador Marcos Vinicius (PROS) confirmou, nesta terça-feira (19), o estudo da Prefeitura de Divinópolis para decretar estado de calamidade financeira da saúde, como antecipado com exclusividade pelo PORTAL. Além dos atrasos de repasses, falta de dinheiro, o município não tem conseguido cumprir nem mesmo as liminares expedidas pela justiça para leitos, cirurgias.
Atualmente, segundo o parlamentar, há 10 liminares em curso. Uma delas de uma senhora que aguarda procedimento ortopédico.
“Nem com ordem do juiz a saúde tem funcionado. O município está reconhecendo absoluta insustentabilidade por atrasos de repasses por parte do Estado”, afirmou.
Divinópolis deverá seguir a mesma linha adotada em Sete Lagoas quando houve atrasos de repasse do Pro-HOSP. Lá, também foi decretada calamidade.
“Isso vai trazer para o município uma situação de maior celeridade, de socorro que podem vir dos entes federados. Quando o município decreta estado de calamidade a legislação permite alguns procedimentos que eram mais demorados e podem ser facilitados”, explica.
Cadê o dinheiro?
Questionado sobre os R$24 milhões em suplementação aprovados ao longo deste ano, o vereador disse que o prefeito precisa “rever valores e conceitos”.
“O fato é que da forma como está mostra um quadro insustentável. Lamentamos por tantas pessoas que veem na justiça a última esperança e nem essa esperança as pessoas estão podendo ter mais”, enfatizou.
Vinícius voltou a afirmar que a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) está funcionando como campo de guerra com leitos improvisados. Com capacidade para 25 já são mais de 40 espalhados por corredores. Desde o dia 04 de dezembro os atendimentos estão parcialmente suspensos e os médicos se recusam a normalizar até ter uma solução para a superlotação.