Secretários e vice-prefeito também irão ganhar mais; Aumento vem dois anos após redução
Os vereadores de São Sebastião do Oeste aumentaram o próprio salário. O projeto prevendo reajuste de 10,16% foi aprovado nesta quarta-feira (16/2) por ser votos a um. Ele se aplicada também ao prefeito, vice e secretários.
O reajuste proposto é baseado na variação do Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) verificado no período de 1º de janeiro a 31 de dezembro de 2021.
De acordo com o diretor geral da câmara Lucivaldo Faria trata-se apenas de reposição salarial garantida pela Constituição Federal. O reajuste será retroativo a janeiro.
Com a aprovação, a remuneração dos vereadores subiu de 3.277,97 para R$ 3.611. O do vice passou de R$ 4.532,02 para R$ 4.992,47, e o dos secretários de R$ 6.017,36 para R$ 6.628,72.
Já o salário do prefeito passou de R$18.774,16 para R$ 20.681,61
Após redução
O aumento salarial vem dois anos após a redução. Em 2020, com alegação de “supersalários” o então presidente Antônio Manoel, conhecido como Tõe Narico (PTC) apresentou projeto para reduzir os subsídios dos agentes políticos em até 35%.
Entretanto, após enfrentar resistência, o então vice-presidente o vereador Geraldo Xavier (PSD), o Geraldinho da Água Limpa protocolou emenda, fixando o índice em 10%. Ela foi aprovada por cinco votos.
O texto original passava o salário do prefeito de R$ 20.860,18 para R$ 13.536,07. Com a aprovação da emenda por cinco votos, no próximo mandato, o valor para o atual mandato foi fixado em R$ 18,7 mil. Entretanto, com o reajuste volta a subir para R$ 20,6 mil.
O valor é um dos maiores praticados no Centro-Oeste. Para se ter ideia, o prefeito de Divinópolis recebe R$ 24,4 mil por mês, mesmo a cidade sendo 34 vezes maior em número de habitantes.
Outro exemplo é Córrego Fundo. O prefeito do município de população similar a de São Sebastião do Oeste ganha R$ 12,8 mil. A discrepância se repete com vice, vereadores e secretários. Os primeiros recebem R$ 2,5 mil ao mês e o último R$ 4.280.
Três vereadores da legislatura passada foram reeleitos e mesmo tendo votado pela redução, dois foram a favor do aumento de ontem: Dorinato Artur Soares que é o atual presidente e João Prata (PTC).
Já Rômulo Beirigo (PSB) votou contra alegando “coerência”.
“Antes das eleições, eu já estava vereador e foi proposto o projeto para diminuir o subsídio dos agentes políticos, naquela época eu fui a favor. Não faz sentido eu, antes das eleições, ter uma postura e depois que passa as eleições ter outra postura”, argumenta, citando também o momento econômico.