Com o orçamento já comprometido, o presidente da Câmara de Divinópolis, Rodrigo Kaboja (PSL) tratou, sem perder tempo, de adotar medidas para conter gastos. A partir deste mês os vereadores terão que controlar o número de ligações para celular. Em dezembro passado, Kaboja já havia assinado portaria limitando o gasto com combustível.
Desde janeiro o consumo não pode exceder 170 litros por gabinete e as ligações do telefone fixo para celular foram proibidas. Só para se ter ideia as chamadas consumiam cerca de R$ 5,5 mil por mês do orçamento do legislativo. A expectativa é de gerar economia próxima a R$ 80 mil até o final deste ano.
“Com a receita do município caindo também reduz o duodécimo que é repassado para a Câmara. Então não tivemos outra opção a não ser tomar essas medidas”, afirmar Kaboja.
Se o valor da economia não for suficiente para pagar todas as despesas da Câmara uma medida mais drástica poderá ser tomada: demissão dos terceirizados.
“Estamos passando por uma crise e sabemos que as famílias estão endividadas, sem falar na dificuldade de se encontrar empregos. Então não queremos chegar a este ponto, mas se for preciso não teremos escolha”, ressalta o presidente.
A Câmara tem cerca de 36 terceirizados, além de aproximadamente oito comissionados. A Lei Orçamentária Anual (LOA) prevê repasse de R$ 15 milhões para o Legislativo este ano.