Ele esta internada na UPA a espera de vaga (Foto: Divulgação)

 

Tatiana está com 30 pedras na vesícula e só pode passar por cirurgia para retirá-las após bariátrica; Amigos fazem campanha

Marcelo Lopes

Em Divinópolis, uma campanha está sendo realizada para ajudar na recuperação da vendedora, Tatiana Aparecida, de 31 anos. O objetivo da iniciativa é arrecadar valores para cobrir os custos de uma cirurgia bariátrica. Hoje, ela pesa 150kg e teve a saúde ainda mais debilitada, devido a constatação de trinta pedras na vesícula.

Segundo Tatiana, ela passou mal no local de trabalho há aproximadamente 30 dias atrás. Com isso, ela foi levada para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA Padre Roberto), por duas vezes e em ambas as oportunidades, foi liberada por não obter o diagnóstico. Esta situação fez com que a mulher se preocupasse e procurasse outros meios de verificar o que de fato ocorreu.

“Ficamos muito preocupados, pois poderia ser algo mais grave e com o dinheirinho que a gente tinha, pagamos três médicos particulares. Fizemos exames, todos pagos e foi constatado que havia trinta pedras na vesícula. Marcamos consulta com o médico que opera e ele me disse que não podia me operar, porque eu corria um sério risco. Então paguei outro cirurgião para verificar e ele me deu um laudo muito sério para fazer a cirurgia bariátrica urgentemente, pois do caso contrário, pode agravar muito mais, caso as pedras descessem, pois poderia dar pancreatite”, relatou ao PORTAL.

Terceira internação e Campanha

Dias após as consultas, Tatiana passou mal novamente e aos gritos, foi socorrida pela equipe do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu).

“O médico me explicou que a pedra desceu e foi para a bile, do lado do pâncreas e que é muito perigoso. Não posso operar a vesícula sem fazer a redução primeiro”, disse Tatiana, que está novamente na UPA, desta vez há seis dias.

Com a urgência, Tatiana não poderá esperar na fila do Sistema Único de Saúde (SUS), para realizar a cirurgia e sim fazê-la de forma particular, porém, em consultas, a paciente foi notificada que o custo do procedimento ficaria em torno de R$ 28 mil. Para isso, amigos e colegas criaram a campanha “Todos Pela Taty”, para arrecadar os valores com o objetivo de enfim, ser feito o procedimento bariátrico.

Na unidade, ela relata que está apenas sendo medicada e ainda sem notícias de uma vaga para internação.

“Então estou nessa campanha para conseguir isso. Algumas pessoas estão me ajudando muito com o que pode, só que existem coisas que não podem esperar. Estou aqui sem comer e sem beber (…) Os médicos falaram comigo que eu tenho que correr contra o tempo, pois o SUS espera de 3, 4, 5 anos”, declarou.

Mesmo com as dificuldades, Tatiana crê que estes problemas possam terminar positivamente, com o auxílio de amigos e pessoas próximas.

“Deus deu muitas provas e eu vejo hoje que muita gente gosta de mim. Tenho muita vida pela frente e eu adoro estar com as pessoas e ajudar. Nesse momento eu quem estou precisando ser ajudada”, finalizou.

Para poder contribuir com a campanha clique aqui.

Estado

Desde 2015 ela tem orientação para a cirurgia e busca meios de realiza-la (Foto: Divulgação)

O PORTAL procurou a Secretaria Estadual de Saúde para obter um posicionamento sobre a situação de Tatiana na UPA Padre Roberto. Veja a nota completa logo abaixo.

“Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG) informa que paciente citada está aguardando a sua  transferência há 4 dias na UPA de Divinópolis para uma unidade hospitalar, para a realização de tratamento de colelicistite. Quanto ao fato de não comer ou beber nada, somente tomar remédio, essa é a conduta médica prevista para o quadro clínico que ela apresenta e é preparatório à realização da cirurgia de vesícula, a que possivelmente irá se submeter, após a melhora do quadro inflamatório na vesícula.

A Central Oeste está envidando todos os esforços para transferir a paciente para uma unidade hospitalar, mas até o momento não obteve a confirmação de vaga nos prestadores e a busca continua ininterruptamente.

Desde ontem (23), a SES-MG, por meio do Núcleo de Atendimento à Judicialização da Saúde (NAJS), também  já iniciou o processo de requisição do leito na rede privada para atender a necessidade da paciente.

Sobre a realização de cirurgia bariátrica, informamos que é um procedimento eletivo. A cirurgia eletiva tem agendamento e fluxo pela Secretaria Municipal de Saúde.”