Com menos seguidores que os concorrentes, Bruce Martins tem conseguido a maior interação entre os internautas

Diferente de eleições anteriores, a campanha eleitoral pela internet tem predominado. A caça aos eleitores ganhou espaço nas redes sociais, somando-se a outras ações típicas como caminhadas, visitas. Este cenário não é diferente entre os postulantes com domicílio em Divinópolis. Na disputa pela primeira vez, o candidato a deputado federal, Bruce Martins (Pode) tem apostado em plataformas como Instagram e Facebook para conquistar votos.

Entre os postulantes a uma cadeira na Câmara Federal, ele é o que mais tem conseguido engajamento nas redes sociais. Levantamento feito PORTAL mostra que, apesar de não se destacar entre os com mais seguidores, ele é o que consegue maior interação entre os internautas, em outras palavras, curtidas, comentários, compartilhamento.

Apesar de contar com apenas 8.500 curtidas e 16 publicações na última semana, ele teve cerca de 6.000 interações. Os dados são desta segunda-feira (01).

Em números, o deputado Domingos Sávio (PSDB), em busca da reeleição, possui 52.500 curtidas na página no Facebook. Apenas na última semana o deputado publicou 200 postagens, tendo um nível de envolvimento em torno de 2.400. Dados desta segunda (01).

Com 42.900 curtidas o deputado estadual Fabiano Tolentino (PPS) que busca uma cadeira na Câmara Federal fez 144 publicações esta semana, obtendo um envolvimento maior do que o anterior, de 3.100. Os dados foram retirados nesta segunda (01).

Quem também se destaca em envolvimento é o vereador e candidato a deputado federal, Sargento Elton (Patriota). Com 5.400 curtidas na página ele teve alcance na última semana de 2600 em 16 publicações. Em alguns vídeos ele alcançou mais de 1,5 mil compartilhamentos. Em outro atingiu 5,4 milhões de visualizações. Os dados são desta terça-feira (02).

O candidato Will Bueno (PPS) possui 7.900 curtidas na página, número que cresceu 0,4% desde a semana passada. Foram realizadas 31 publicações em uma semana com mil interações, de acordo com levantamento feito nesta segunda (01).

O empresário e também postulante ao cargo, João Wellington (DEM) tem 1.400 curtidas e engajamento na semana de 1.600 pessoas em 16 postagens. Os dados são desta terça-feira (02).

A candidata Heloísa Cerri (Avante), por sua vez, possui pouco mais de 3.300 curtidas em sua página, com 7 publicações na semana e 70 de envolvimento, segundo dados desta segunda (01).

Dos mencionados acima o único que não possui anúncios no facebook ativo é Will Bueno.

Não foram encontradas páginas oficiais dos candidatos do PSOL Arthur Dentista e Jorge Torquato.

Vantagens e desvantagens

Ricardo Nogueira é jornalista por formação, mas trabalha com consultoria em publicidade, e afirma que essa forma de campanha tem mais vantagens do que desvantagens, caso o candidato saiba usar bem.

“Sabendo usar, fazendo bem feito, com planejamento, tendo um profissional ou uma equipe de marketing para poder auxiliar o candidato nas respostas destas demandas é uma excelente ferramenta e que deveria ser utilizada por todos os candidatos”, explica.

De acordo com o jornalista, hoje em dia é praticamente impossível um candidato a deputado ou a qualquer cargo eletivo não estar na redes sociais de alguma forma.

“Mesmo que um candidato não tenha uma página ou um perfil oficial, principalmente no Facebook ou Instagram, as pessoas vão falar dele nestes ambientes, então o que a gente sempre recomenda é que o candidato tenha um perfil, uma página de acordo com a legislação, e faça desse espaço um canal de diálogo”, afirma Nogueira.

Para Ricardo, a palavra chave é diálogo e a partir do momento em que o candidato publica alguma coisa, as pessoas que vão receber aquele conteúdo querem interagir com ele. Querem perguntar e também buscam as respostas para seus questionamentos.

Além de possibilitar o diálogo, nas redes sociais se perde a questão de limites geográficos e de tempo. O candidato pode interagir com pessoas que não encontraria pessoalmente e não tem o limite que o horário eleitoral gratuito estabelece.

A única desvantagem, para o jornalista, é quando a estratégia do candidato entende a mídia social apenas como espaço de publicação e não está aberto a receber críticas e responder as perguntas que ali foram colocadas.

“Mas é importante também a gente falar que aquele candidato que vai usar a mídia social somente durante as eleições não vai conseguir muita coisa. Esse é um trabalho que tem que começar antes, é a diferença que a gente faz do marketing político e o marketing eleitoral, o político acontece sempre, quando se tem mandato, espaço para divulgar as ideias e as causas, na eleição é realmente quando precisar pedir voto”, encerra Ricardo.

Matéria atualizada às 07h com informações do vereador e candidato a deputado federal, Sargento Elton (Patriota) e também do postulante ao cargo, o empresário João Wellington.