Vinícius Luz
O caso de uma família no Bairro Bom Pastor, em Divinópolis, em situação precária está sendo analisado pela Prefeitura. O Ministério Público acionou o município para intervir devido à condição subumana que o casal e dois filhos viviam. O caso chegou a ser noticiado como cárcere privado, porém o município ainda apura a condição em que os dois filhos do casal estão vivendo.
A possibilidade de cárcere privado teria sido levantada após o Corpo de Bombeiros retirar o filho do casal de 29 anos da casa. Segundo os militares, na manhã desta quarta-feira (22) ele estava com um ferimento infeccionado no pé e desnutrido. Ele foi internado no Pronto-Socorro Regional. Uma assistente social, uma enfermeira e um funcionário do Serviço de Referência de Saúde Mental (Sersam) estiveram na casa e encontraram o rapaz com o ferimento e acionaram o Corpo de Bombeiros.
Segundo o secretário de Desenvolvimento Social, Paulo dos Prazeres, o Ministério Público teria informado da condição de risco da família. Foi então enviado o grupo que encontrou o rapaz que constatou o fato. Segundo ele, uma reunião entre sua secretaria, a Secretaria Municipal de Saúde e Defesa Civil será realizada para definir o que será feito.
“A situação da família é preocupante e por isso definiremos o que faremos respeitando os direitos da família, cada órgão fará sua parte com atendimento médico e avaliando a estrutura da residência”, conta.
Ele ainda ressaltou que o MP não informou sobre cárcere privado, mas isto será apurado.
20 anos
Segundo vizinhos e moradores do bairro, a situação da família no local já dura há mais de 20 anos. Os dois filhos do casal, o homem de 29 e a mulher de 27, teriam problemas mentais assim como a mãe. A casa teria péssimas condições de convívio e o mal cheiro seria constante. Eles afirmam ainda que há vários gatos dentro da residência e o rapaz que foi resgatado estaria dormindo no estrado de uma cama sem colchão.
Eles contam que o casal não tem o costume de pedir ajuda e aceita suporte de poucas pessoas.
“Chegamos a procurar familiares já que estes não vêm aqui. A situação deles é lastimável”, ressalta uma moradora que não quis se identificar.