O crime aconteceu em setembro de 2023; Rafael Monteiro recebeu uma sentença de 23 anos e 4 meses de prisão. Letícia de Oliveira, namorada de Rafael na época, recebeu a sentença de um ano de prisão.
O assassinato da motorista de aplicativo Sheilla Angelis de Almeida completou um ano nesta segunda-feira (9/9). O caso gerou grande repercussão em Divinópolis e Minas Gerais pela brutalidade. O casal acusado pela morte de Sheilla foi condenado pela Justiça.
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Casal do caso Sheilla condenado
Rafael Monteiro de Sena recebeu uma sentença de 23 anos e quatro meses de prisão. A justiça o condenou por latrocínio e ocultação de cadáver. Rafael já estava preso desde outubro de 2023, após prisão em Botafogo, no Rio de Janeiro pela Polícia Civil. Em novembro, o transferiram para o Presídio Floramar, em Divinópolis, onde cumpre sua pena.
Letícia Joice de Oliveira, namorada de Rafael, também julgada. Ela recebeu uma condenação de um ano de reclusão por ocultação de cadáver e teve sua pena convertida em serviço comunitário.
Motorista de aplicativo morta brutalmente
No dia 9 de setembro de 2023, Sheilla aceitou uma corrida em Divinópolis. Conforme a Polícia Civil, Rafael solicitou a viagem usando o celular de um adolescente.
Ele já havia feito outra corrida no mesmo dia e reconhecido a vítima. Quando chegaram ao destino, Rafael, então, anunciou o assalto e tentou asfixiar Sheilla.
Ao resistir, Rafael a agridiu brutalmente, estrangulou e, em seguida, a esfaqueou no porta-malas de seu carro.
Após o crime, Rafael buscou Letícia e fugiu para o Rio de Janeiro. No caminho, ainda de acordo com a polícia, eles ocultaram o corpo de Sheilla em uma comunidade rural de Itapecerica.
Familiares notaram compras com o cartão de Sheilla em São João del-Rei e no Rio de Janeiro. O veículo também foi flagrado em pedágios da BR-040.
Em 27 de setembro, um morador de Itapecerica encontrou um corpo em decomposição.
Familiares reconheceram os sapatos de Sheilla. Após exames, confirmaram que o corpo era dela.
Em 5 de outubro, realizaram seu velório e enterro em Carmo do Cajuru, com manifestações pedindo justiça.
Rio de Janeiro
No Rio de Janeiro, a Polícia encontrou o carro de Sheilla em 1º de outubro. Conforme relatos da Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) na época, um morador de Botafogo notou gatos no porta-malas do veículo abandonado. Ele chamou a polícia.
Os agentes identificaram Rafael, bem como Letícia próximo ao automóvel e os prenderam em flagrante. A Polícia Civil de Minas Gerais confirmou a identificação dos suspeitos.
No dia seguinte, eles passaram por uma audiência de custódia. Letícia foi liberada em 25 de outubro, após a Justiça entender que ela não participou diretamente do crime.
Rafael foi transferido para Divinópolis uma semana depois. Em novembro, o advogado de Letícia afirmou que ela não teve envolvimento no assassinato e mencionou que ela estaria grávida.
Ameaças
Após a prisão, Rafael confessou o assassinato de Sheilla. Ele afirmou que agiu a mando de um agiota que cobrava R$ 8.500,00.
No entanto, a Polícia não encontrou provas dessa ligação, levando a Justiça a rejeitar essa versão.
Letícia também afirmou que Rafael a ameaçou, mas as investigações indicam que ela permaneceu no Rio de Janeiro por vontade própria.
Atualmente, Rafael cumpre pena no Presídio Floramar, em Divinópolis. Letícia, por sua vez, mora em Santo Antônio do Monte.
A defesa dela recorreu da sentença, e o caso está sob análise do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG).