Uma obra cortando a fazenda da família do senador Aécio Neves (PSDB), em Cláudio, foi realiza sem que a Cemig cobrasse um centavo. Na época o custo era de R$ 240 mil. A informação consta no relatório da estatal e foi divulgado nesta terça-feira (09) pelo jornal Folha de São Paulo.
O documento assinado pelo superintendente da Auditoria Interna da Cemig, Eduardo Ferreira, segundo o jornal, “trata de mudança no traçado da linha de distribuição de energia Cláudio/Carmópolis entre as torres 18 e 22, em 2007”.
Foto: José Cruz/Agência Brasil
A obra foi realizada devido a benfeitorias realizadas na fazenda. Com isso, os proprietários deveriam arcar o custo. O montante é cobrado pela Cemig desde 2015 quando o PT assumiu o governo de Minas e só foi pago no dia 26 de junho, quando segundo a Folha, a reportagem já apurava a questão.
A família desembolsou R$ 417 mil à vista, o que representa o custo reajustado conforme o recomendado pelo jurídico da estatal. A assessoria do senador disse que a família não reconhece a cobrança, mas efetuou o pagamento para que não haja “uso político”.
Em nota ele afirmou que nunca interferiu em decisões da Cemig e nem participou da administração da fazenda da família que já tem mais de 100 anos. Disse ainda que a linha de distribuição atendeu a um planejamento da empresa, não tendo sido solicitada pelos proprietários.
Aécio ainda enfatizou que a cobrança só ocorreu após o PT disseminar falsas versões sobre o assunto e que caberia questionamento jurídico, mas que optaram em pagar para evitar exploração política.
