Letícia Ferreira

 

O Posto de Saúde do São José será transformado em PSF em 2015 (Foto: Reprodução Facebook)

O Posto de Saúde do São José será transformado em PSF em 2015 (Foto: Reprodução Facebook)

 

A transferência de dois médicos do Programa “Mais Médicos” do Centro de Saúde do bairro São José, tem preocupado o Conselho de Saúde da Região Sudoeste, uma vez que com a atuação destes profissionais na unidade, diminuem as filas de espera por atendimento.

 

“Tínhamos uma fila muito grande toda quinta-feira, dia destinado para a distribuição das fichas. Já registramos mais de 200 pessoas em um único dia e com o atendimento nas residências o número de filas diminuiu e o atendimento na unidade estava mais dinâmico”, lembra o presidente do Conselho de Saúde da Região Sudoeste.

 

O receio de Darly é que os problemas registrados anteriormente voltem a se repetirem. Um exemplo, era a dificuldade de quem mora mais distante conseguir ficha.

 

“Os moradores dos bairros Jardim Copacabana, Santo André e Realengo terão maior dificuldade em conseguir acesso à consulta na unidade, uma vez que para conseguir uma ficha, muita vezes eles terão que dormir nas filas, pois, tem também, o problema de acesso aos ônibus”.

 

Justificativa

 

De acordo com diretora de Atenção Primária Mariângela Alvarenga, por determinação do Ministério da Saúde, os médicos cedidos pelo programa devem atuar em unidades do Estratégia de Saúde da Família (ESF), o que não é o caso do posto do São José. Com o programa SIM-Saúde, os Centros de Saúde serão todos convertidos em ESF até 2016.

 

“Pelo cronograma de conversão estabelecido pelo programa “Sim Saúde”, o Centro de Saúde do bairro São José não será convertido este ano e por essa razão o médico que atua na unidade pelo “Mais Médicos” tem que ser realocado”, explica.

 

Mariângela destaca ainda que caso a determinação não seja cumprida, o município pode sofrer uma punição, perdendo todos os profissionais do programa que atuam na cidade.

 

A unidade do São José conta com cinco clínicos, sendo dois plantonistas que atuam por oito horas na unidade e outros três que têm a carga horária de quatro horas por dia. Segundo Mariângela, o quadro de profissionais é suficiente para assegurar a assistência.

 

“Esta unidade realiza em média, 60 atendimentos por dia, e esta quantidade de profissionais é suficiente para atender a população”, enfatiza a diretora.

 

Divinópolis tem 18 ESF’s para atender 220 mil moradores. Os médicos cubanos fora divididos entre eles.