A 7ª Região Integrada de Segurança Pública registrou entre janeiro de 2013 a junho deste ano 18.054 crimes contra mulheres. Violência física lidera o ranking com 8176 casos, seguido pela psicológica, 7258. Há também patrimonial (1110), moral (322) e sexual (191). Outros tipos de violência somam 997.
Em 2013, foram 7311 casos nos 50 municípios que compõem a 7ª Risp; no ano seguinte 7089; e no segundo semestre deste ano 3654.
Cedro do Abaete concentra o maior índice de criminalidade – proporcionalmente ao número de habitantes -registrados nos seis primeiros meses deste ano, 8,45% dos casos. Divinópolis representa 3,16% dos crimes cometidos contra mulheres neste mesmo período.
Em 2013, o índice foi maior em Divinópolis. 7,53% dos registros naquele ano ocorreram na cidade; no ano seguinte este número passou para 4,20%.
A cidade com o menor índice, nos seis primeiros meses deste ano, foi Itapirai, 0,53%.
Estudo
Esta é a primeira vez que o Governo de Minas Gerais coloca à disposição da sociedade informações sobre a violência de gênero no estado. O Diagnóstico de Violência Doméstica e Familiar nas Regiões Integradas de Segurança Pública de Minas Gerais foi produzido pelo Centro Integrado de Informações de Defesa Social (Cinds), vinculado à Secretaria de Estado de Defesa Social (Seds).
A base de dados para a pesquisa são os Registros de Eventos de Defesa Social (Reds). O estudo abrange registros de janeiro de 2013 a junho de 2015, com recortes semestrais que permitem a comparação entre iguais períodos desses anos. O perfil das vítimas e o tipo de relacionamento com o agressor praticamente não se alteraram entre 2013 e 2015.
Perfil
Cerca de 45% das vítimas de violência doméstica e familiar contra a mulher em Minas Gerais têm a cor parda e 15% são negras. Brancas representam 33%. A maior incidência ocorre entre as mulheres que têm ensino fundamental incompleto (23%), as que são apenas alfabetizadas (21%), as com ensino fundamental completo (9%) e as com ensino médio incompleto (9%).
A violência atinge principalmente mulheres na faixa etária de 25 a 34 anos (30%), e de 35 a 44 anos (23%). Vítimas de 18 a 24 anos de idade são 20% do total. Os agressores são majoritariamente cônjuges/companheiros (40%) e ex-cônjuges/ex-companheiros (30%). Em seguida vêm filhos/enteados (9%), irmão (8%), pais/responsável legal (7%) e namorado(a)s (6%).