Chapa 1 continua na disputa (Foto: Carla Mariela/Sistema MPA)
Chapa 1 nega ilegalidades (Foto: Carla Mariela/Sistema MPA)

Chapa 1 nega ilegalidades (Foto: Carla Mariela/Sistema MPA)

A eleição da nova diretoria do Sindicato dos Trabalhadores Municipais (Sintram) tem gerado polêmica. O pedido de impugnação da “Chapa 1” – composta pela atual diretoria do Sintram – feita pela “Chapa 2”, encabeçada por Demétrio Bento – foi contestada. A Junta Eleitoral tem até domingo (22) para avaliar se o pedido de impugnação será ou não aceito.

Todos os fatores apontados pela “Chapa 2” para tentar barrar os adversários foram contestados. Eles alegam que a “Chapa 1” se beneficiou do processo usando a “máquina em causa própria”. Segundo o candidato a presidente, eles tiveram acesso antecipado ao Termo de Autorização. Com isso, alguns membros assinaram o documento antes da publicação do edital.

“Houve um benefício. O estatuto fala de igualdade para qualquer servidor, seja auxiliar de serviço, médico, de Divinópolis ou qualquer cidade que compõe a base do Sintram, tem direito a disputa”, destacou Demétrio Bento.

De acordo com a “Chapa 1”, o Termo de Autorização estava disponível desde dezembro do ano passado. O comunicado foi repassado durante o Fórum dos Trabalhadores, em novembro. Ainda segundo a “Chapa 1”, o estatuto não impede o preenchimento anterior a publicação do edital, assim como não há nenhum impedimento para a produção do material de campanha.

A “Chapa 2” pediu a impugnação alegando também que o material de campanha foi produzido antes. A prova disso, alegam eles, é o uso de imagem de membros da própria “Chapa 2” nos panfletos da “Chapa 1”. Um dos candidatos a diretor da “Chapa 1”, Eduardo Parreira confirmou o uso da imagem, mas disse que houve autorização dos servidores.  Entretanto, eles desistiram quando foram registrar a chapa, mudando para a “Chapa 2”. Ainda segundo Parreira, o material já foi trocado e corrigido.

A chapa 2 alega uso da máquina na campanha (Foto: Amanda Quintiliano)

A chapa 2 alega uso da máquina na campanha (Foto: Amanda Quintiliano)

A candidata a presidente, Luciana Santos disse que o edital foi publicado no dia 12 de fevereiro. No dia seguinte a Chapa 1 se inscreveu e iniciou o trabalho de campanha. Todas as contestações foram transformadas em uma carta aberta que será distribuída entre os servidores.

“Percebendo a falta de fundamentação das denúncias que eles fazem, a gente percebe, claramente que o que eles desejam é tumultuar o processo para que não haja uma discussão propositiva. Não existindo essa discussão eles não precisam assumir responsabilidade nenhuma com os servidores”, disse Eduardo Parreira.

Sobre o início da campanha salarial em meio ao processo eleitoral, Parreira disse que é histórico as negociações começarem em março, assim como nos anos anteriores. Ele ainda disse que membros da OAB foram consultados sobre o processo e eles confirmaram que não há nenhuma ilegalidade. Já sobre a liberação de servidores do Sintram para a campanha, Parreira disse que parte da diretoria aproveitou para tirar as férias durante este período e que os membros da “Chapa 2” poderiam usar essa prerrogativa, caso tenham direito a benefício e seja autorizado pelos chefes imediatos de cada setor.

Assembleia

Caso a Junta Eleitoral não entre em consenso uma assembleia será convocada e caberá aos servidores votarem pela impugnação ou não da “Chapa 1”. A Junta é formada por cinco pessoas. Cada chapa indica dois e a quinta pessoa representa o Sintram.