Ex-ministro participou de uma roda de conversas na Uemg em Divinópolis e criticou a postura do presidente sobre as queimadas na Amazônia
Ao lado do vice-prefeito de Divinópolis Rinaldo Valério, o ex-ministro Ciro Gomes (PDT) participou de uma roda de conversas com estudantes da Universidade do Estado de Minas Gerais (Uemg), na cidade, na manhã desta sexta-feira (23). Em crítica ao governo de Jair Bolsonaro (PSL), chamou o presidente de “fascista e demente”.
“Já se sabe que ele é um fascista, demente, irresponsável, mas a contenção dele dentro do espaço, da regras do direito democrático, tem sido um jogo jogado com muito brilhantismo pelo Congresso”, afirmou.
Segundo ele, cabe ao Congresso “conter danos”. Entre o que ele chamou de “danos”, ele citou a demissão do secretário especial de Cultura, Henrique Pires devido a censura ao edital de projetos LGBT. “A agência não pode obedecer a estética do Bolsonaro só porque ele tem problemas graves de armário”, disparou.
Também não ficou de fora da pauta as declarações e ações do presidente quanto a condução das queimadas na Amazônia. Para o candidato derrotado, a postura de Bolsonaro pode render “boicote” por parte de países europeus. Segundo ele, isso pode abalar as relações comerciais e desencadeia uma crise ainda pior para o país.
Impeachment
Questionado se caberia um possível impeachment às atitudes do presidente ele disparou: “impeachment não é remédio para governo ruim”.
“Quando ficamos contra o impeachment estamos protegendo à nós mesmos e o valor do voto. Precisamos ajudar o povo a entender que com um voto dado bem, a gente ganha muito, agora, com um voto dado em falso, como esse, a gente vai apanhar o pão que o diabo amassou”, comentou.
Para Ciro, cabe, agora, “lutar para dar limites à ele”.