Cleitinho tem apostado no mesmo discurso da campanha a vereador (Foto: Arquivo)

ALMG diz que não há previsão de moradia dos parlamentares e que o prédio não tem licenciamento para uso residencial

O vereador e deputado estadual eleito, Cleitinho Azevedo (PPS), deseja realizar a instalação de um chuveiro e uma cama no gabinete do mesmo, na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG).

Em uma transmissão ao vivo, realizada nas redes sociais, Cleitinho esclareceu que irá utilizar da cama e do chuveiro, caso seja preciso e não levará ele e a família para morar no gabinete. Nos dias em que as reuniões não forem realizadas na Assembleia, o deputado eleito disse que irá retornar para a própria residência, em Divinópolis. Ele ressaltou também que irá abdicar do benefício de auxílio moradia, de R$ 4377,00.

“Simplesmente, se eu achar que preciso passar uma noite em Belo Horizonte, qual é o problema de pegar e adaptar esse gabinete? Já tem banheiro, é só colocar um chuveiro e também uma cama com guarda roupa. Simplesmente se eu precisar dormir, eu faço isso dentro do gabinete, acordo no outro dia e é só atravessar a rua que já estou dentro da Assembleia. Estou indo para trabalhar”, disse Cleitinho.

Nessa fala, Azevedo se refere ao Edifício Tiradentes. O imóvel possui 14 gabinetes e fica de frente ao Palácio da Inconfidência, prédio no qual funciona o restante do espaço cedido ao plenário e aos deputados.

Nas eleições deste ano, Cleitinho Azevedo obteve 115.492 votos e foi eleito com a quarta maior votação entre os parlamentares mineiros.

ALMG

O PORTAL CENTRO-OESTE entrou em contato com a ALMG e em nota, a mesma respondeu que não há a previsão de moradia de parlamentares na Assembleia Legislativa. O horário de funcionamento do Legislativo é das 6 às 22 horas. Após esse horário, por medida de economia, são desligados elevadores e iluminação.

“Na hipótese de alguma solicitação para moradia, a decisão caberá à Mesa da 19ª Legislatura. Os prédios do Legislativo têm licenciamento para uso não residencial. Qualquer mudança nesse arranjo exigiria novo projeto e novo licenciamento. A legislação permite que o parlamentar peça reembolso da despesa com moradia, caso ele deseje”, afirmou a ALMG.