Amanda Quintiliano

 

Rest. Popular Créd. Júlia Medeiros (5)

O restaurante chegou a servir 1,6 mil refeições ao dia (Foto: Júlia Medeiros/Arquivo)

Os rumores do final do ano passado se confirmaram. O Restaurante Popular de Divinópolis fechará as portas por tempo indeterminado, possivelmente, a partir do dia 10 de fevereiro. A alegação é de que o espaço passará por reforma, mas não há se quer previsão de conclusão. O fechamento foi confirmado, nesta sexta-feira (24), pela Assessoria de Comunicação da Prefeitura.

 

Em outubro do ano passado, quando houve o reajuste de 150% no valor da refeição, houve rumores do fechamento a partir de fevereiro deste ano com o fim do contrato com a empresa Alimenta, responsável pela prestação do serviço. Na época, o prefeito Vladimir Azevedo (PSDB) negou e descartou a possibilidade. Menos de quatro meses depois, ele voltou atrás com algumas justificativas.

 

Em contato com a Assessoria de Comunicação de Prefeitura, o fechamento temporário foi confirmado para a execução de obras e elaboração de um novo modelo. Ainda segundo a assessoria, o edital de licitação do serviço será publicado nas próximas semanas para contratar uma nova empresa. A Comunicação se limitou a comentar e disse que será emitida uma nota no fim do dia.

 

Desde outubro houve queda de 80% no movimento do restaurante. O valor do prato saltou de R$ 2 para R$ 5. Foi mantida a refeição por R$ 1 apenas para as pessoas cadastradas na Secretaria Municipal de Desenvolvimento Social. Antes eram servidas aproximadamente 1,6 mil refeições, com o aumento passou para 320.

 

Com a redução o vereador Edimilson Andrade (PT) chegou a realizar audiência pública para debater o assunto, na época chegou a arriscar a dizer que “o tempo de vida do restaurante estava com os dias contados”, segundo ele, porque a empresa não teria interesse em renovar o contrato para servir menos de 400 refeições ao dia.

 

“São 400 refeições só servidas ao dia, que empresa vai querer assumir isso?”, indagou na época.

 

Hoje (24), o vereador disse que encaminhou ao secretário de Governo, Antônio Faraco, também no ano passado, um ofício sugerindo o repasse da responsabilidade para uma Organização Não Governamental (ONG) caso não apareça nenhuma empresa interessada em participar do processo licitatório. Ainda segundo ele, serão analisadas medidas para ver o que poderá ser feito para evitar a interrupção do serviço definitivamente.