Proposta deverá ser apresentada ao governo do Estado até o final de outubro; Governador se comprometeu com 50% do valor para concluir construção

Há pelo menos 35 interessados em assumir a gestão dos Hospitais Regionais no Estado. Após o governador, Romeu Zema (Novo) se comprometer em liberar 50% do valor restante para concluir às obras, o presidente do Consórcio Intermunicipal de Saúde da Região Ampliada Oeste (Cis-Urg), o prefeito de Carmo do Cajuru, Edson Vilela, reafirmou, nesta quarta (22), o interesse de gerirem a unidade em construção, em Divinópolis.

O Cis-Urg, composto por 54 municípios, já aprovou a proposta em assembleia. Desde o ano passado o assunto vem sendo discutido e o principal empecilho é dinheiro.

“Essa é uma questão que ainda será discutida, claro que o primeiro passo hoje é terminarmos a obra, estamos fazendo o levantamento de custos de como ficaria para concluir, para que possamos encaminhar quais tipos de propostas estaríamos dispostos”, disse Edson na coletiva que anunciou o concurso para composição do Samu Oeste.

Forma de custeio

O interesse foi reafirmado na coletiva do Samu (Foto: Marcelo Lopes)

Sobre o custeio, Vilela informou que em breve o consórcio irá conversar com outros deputados e com o Governo Federal para delinearem uma alternativa viável. A questão estão está em debate nas assembleias realizadas com prefeitos e secretários municipais. As discussões são acompanhadas pelo Ministério Público.

A próxima assembleia – sem data definida – terá o objetivo de dar continuidade e também discutir sobre a busca de recursos para que haja a sustentabilidade financeira. Logo após, serão debatidos os problemas principais da região, para que mais soluções sejam obtidas.

“Acredito que nós temos a capacidade administrativa para fazer isso acontecer, com qualidade”, relatou Edson.

Diálogos

Segundo o secretário executivo, José Marcio Zanardi, com o Governo de Minas, estão sendo discutidas quatro linhas de diálogo sobre a gestão do hospital, sendo as formas de investimento, o custeio, o modelo de gestão e o perfil assistencial – que deverá ser discutido com os secretários municipais de saúde, devido a necessidade da região.

Mediante essas questões, uma proposta será apresentada para assumir a responsabilidade de colocar em funcionamento o hospital. Ela deverá ser apresentada até o dia 30 de outubro.

“Por exemplo, cirurgia vascular de média complexidade, nenhum hospital das cidades da região, que atendem pelo SUS, faz. É uma necessidade, que precisamos transformar em solução”, finalizou Zanardi.

A gestão da unidade não atrapalharia a administração do Samu, de acordo com o secretário executivo.

A obra

As obras do hospital, em Divinópolis, estão paradas desde 2016. Até o momento já foram liberados pela Secretaria de Estado de Saúde R$ 63 milhões. O último repasse foi de R$2 milhões.  A previsão de custo final é de R$ 98.917.720,37, ou seja, faltam mais de R$31 milhões.

As obras foram iniciadas em 2009 com previsão de custo de R$ 36 milhões.

Toma Pública

No dia 14 de maio o Governo de Minas Gerais, por meio da Secretaria de Estado de Saúde (SES-MG), publicou o edital de Tomada Pública de Subsídios (TPS). Ele visa obter estudos e levantamentos que subsidiem a elaboração de modelos de negócios para a conclusão e operação dos Hospitais Regionais do Estado.