Vereador foi ouvido nesta terça-feira (28); Ele mantém críticas e afirma que defenderá a tropa “massacrada pelo governo”
Marcelo Lopes
O comandante geral da Polícia Militar no Estado, Helbert Figueiró de Lurdes instaurou Inquérito Policial Militar (IPM) contra o vereador de Divinópolis e candidato a deputado federal, Sargento Elton (Patriota). A instauração ocorreu após críticas feita pelo parlamentar ao comando.
O vereador declarou que o comandante geral deveria defender o funcionarismo público e o acusou de ser conivente com o Governo do Estado. Afirmou que que faltava vergonha a Helbert e sugeriu que ele deixasse o cargo.
“O motivo foi pelo qual eu estou defendendo a tropa da Polícia Militar, dos funcionários públicos estaduais, que o Governo do Estado infelizmente massacrou a segurança, a saúde pública e a educação. Ele (Helbert) se sentiu ferido com o uso de minha palavra na tribuna e resolveu abrir um inquérito policial militar a respeito da minha fala na Câmara”, contou o vereador.
A medida não abrandou as falas de Sargento Élton que mantém as críticas. Ele ainda mencionou a imunidade parlamentar.
“Este pessoal de esquerda, que não gosta muito de ler, não sabe que tenho imunidade parlamentar no uso de minha palavra no plenário. Hoje (28) fui ouvido e apresentei para ele todos os argumentos jurídicos das constituições federal e estadual e da Lei Orgânica Municipal”, declarou.
Sargento ainda afirmou que não irá se calar.
“Eu não vou me calar, fui eleito pela população para representá-la e também à Polícia Militar e forças de segurança. Não vou deixar de falar e defender a tropa, que já é massacrada pelo Governo que está parcelando o salário de todos nós há 4 anos, não tem nenhum tipo de reposição e além disso, deixa de repassar para o Instituto de Previdência dos Servidores Militares. Se um PM tomar um tiro na rua, ele não tem como ser atendido infelizmente, defendendo a sociedade desses criminosos que nos assolam”, finalizou.
O inquérito é um procedimento interno da Polícia Militar.
Polícia Militar
Ao ser procurada pelo PORTAL, a Polícia Militar de Minas Gerais declarou, em nota, que não irá se manifestar a respeito, por se tratar de um assunto de natureza interna.