Segundo o deputado, as pessoas que necessitam do canabidiol, por exemplo, estão indo ao mercado paralelo buscar o produto
Antes da decisão unânime da diretoria colegiada da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) sobre a liberação da venda em farmácias de produtos à base de cannabis para uso medicinal no Brasil, o deputado federal Fabiano Tolentino (Cidadania-MG) havia defendido a urgente aprovação do projeto que permite a comercialização de medicamentos feitos à base de cannabis (PL 399/2015).
Para o parlamentar, que tem um irmão com problema de saúde e precisa do tratamento, a venda legal do produto, desde que seja feita com critérios rigorosos, “pode dar uma qualidade de vida muito melhor para quem precisa”.
Segundo Tolentino, as pessoas que necessitam do canabidiol, por exemplo, estão indo ao mercado paralelo buscar o produto, se aproximando do criminoso que “acaba tendo uma ação social e até levando as gotinhas na casa do paciente. E aí, sim, o criminoso fica de bem, e nós, o Brasil, de mal”.
Cultivo rejeitado
Na mesma reunião da Anvisa foi rejeitado o cultivo de maconha para fins medicinais no Brasil. Por 3 votos a 1, proposta foi arquivada pela agência reguladora. Com a decisão, fabricantes que desejarem entrar no mercado precisarão importar o extrato da planta.
Sobre a venda em farmácias, a norma passa a valer 90 dias após sua publicação no “Diário Oficial da União”. De acordo com a resolução, os produtos liberados poderão ser para uso oral e nasal, em formato de comprimidos ou líquidos, além de soluções oleosas.