Pré-candidato ao governo de Minas disse que a atual administração não deu a prioridade necessária a saúde de Divinópolis e região; Último repasse para as obras foi em 2016

Amanda Quintiliano

Desde abril de 2016 o Hospital Público Regional não recebe nenhum centavo do governo estadual. Com quase 90% das obras concluídas, o maior empreendimento da área da saúde pública de Divinópolis e Centro-Oeste, volta a ser bandeira de campanha eleitoral.

Apesar de estar no topo de prioridades da região, repassar recursos para finaliza-lo não será uma das primeiras ações do próximo governador. O Estado está quebrado. Não sobra dinheiro nem mesmo para pagar os servidores. Reflexo disso foi a paralisação da construção. Em outubro completa 2 anos.

Até o momento já foram liberados pela Secretaria de Estado de Saúde R$ 63 milhões. O último repasse foi de R$2 milhões.  A previsão de custo final é de R$ 98.917.720,37, ou seja, faltam mais de R$31 milhões.

Propostas

Com discursos mais realistas os pré-candidatos ao governo de Minas estão evitando promessas. Em visita a Divinópolis, como mostrado pelo PORTAL, o senador e pré-candidato, Antonio Anastasia disse que antes de dar sequência às obras inacabadas é necessário colocar a “casa em ordem”.

“Sabemos que a realidade do Estado é de uma condição muito difícil, lamentavelmente pelos equívocos cometidos pelo atual governo. Nossa prioridade será, como eu tenho dito, colocar a casa em ordem, pagar aos municípios o que eles merecem”, disse, citando também os servidores.

Só depois das finanças controladas é que serão reavaliados os empreendimentos.

“[…] E aí, nós vamos iniciar, imediatamente a conclusão das obras inacabadas. Terão prioridade aquelas da área de saúde, onde a demanda é maior”.

A região tem uma demanda reprimida de 50 leitos de Unidade de Tratamento Intensivo (UTI). Só este hospital irá propiciar mais 30.

“É claro que tem que ser prioridade das prioridades esta conclusão para que haja atendimento digno para a população”, enfatizou.

Recurso

As obras foram iniciadas ainda na administração do então governador, o senador Aécio Neves (PSDB), quando o pré-candidato era vice-governador. Passou pelo mandato dele a frente da administração até chegar ao atual governo.

“Ele não foi concluído em nosso tempo porque o cronograma não permitia, é um hospital imenso. Ele ficou rigorosamente no cronograma. Lamentavelmente, o novo governo, que deveria dar continuidade, faltando 10%, não deu a prioridade necessária a saúde da cidade e região”, afirmou o pré-candidato.

Como forma de gestão, Anastasia defendeu a proposta já discutida de transferi-la para um consórcio, no caso, o mesmo responsável por gerir o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), o Cis-Urg. Neste caso, os municípios também seriam responsáveis pelo custeio, além de contar com a contrapartida do Estado e União.