Diego Henrique
Comprar o presente para o dia das mães não é uma tarefa fácil, ainda mais quando o conselho de especialistas é poupar dinheiro, enquanto o país enfrenta a crise econômica. Em Divinópolis, a expectativa é de que o consumidor gaste menos este ano com o presente do dia das mães.
O comércio desaquecido e o preço de impostos sendo repassado ao cliente dificulta a venda de presentes nesta tradicional data. Uma pesquisa realizada pela Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) mostrou que 73% dos entrevistados disseram que irão presentear as mães no próximo domingo (08) e 16% disseram que não irão comprar presentes. Os presentes mais citados foram roupas, calçados, itens de decoração para casa tendo arranjo de flores artificiais como principal e itens de cama, mesa e banho.
A pesquisa mostrou ainda que 73% dos entrevistados estão dispostos a gastar até R$ 50 na hora de comprar o presente, 23% disseram que poderão gastar até R$ 100 e apenas 4% dos entrevistados se dispuseram a gastar mais de R$ 100 na hora de comprar o presente do dia das mães.
De acordo com o professor de economia, Leonardo Maia, a previsão é de que em 2016, o consumidor gaste menos do que nos anos anteriores.
“O ambiente de incerteza é muito grande em questão a política econômica. O desemprego e o aumento na taxa de juros são fatores importantíssimos que leva o cliente a diminuir o nível de consumo. O resultado disso será uma baixa, tanto na produção, quanto nas vendas esperadas para esse ano. A perspectiva é de que haja um ambiente até menor do que em 2015 e as expectativas não são favoráveis para o comércio, nem mesmo para indústria e serviços. A retração será igual ou ate mais forte que 2015,” disse.
Dicas
O economista ainda alertou sobre a importância de pesquisar os preços antes de comprar e evitar o uso de cartões de crédito que tiveram uma alta nos juros que representam mais de 200% (ao ano).
“O consumidor deve procurar pagar à mercadoria a vista, o que na maioria das vezes rende um bom desconto. Caso o cliente for usar o cartão de crédito, é importante fazer a verificação dos compromissos orçamentários para que não fique prejudicado,” alertou.
A perspectiva é de que a produção nacional caia mais de 3,5% em 2016 e a taxa de juros suba mais de 12% ao ano. Toda essa combinação faz com que haja uma diminuição tanto no investimento quanto no consumo e a previsão é de que o cenário econômico comece a dar sinais de melhoras a partir do segundo semestre de 2017. A estabilização da economia só deverá acontecer em 2018.