A notícia do corte de ministérios foi dada no último dia 24 de agosto pelo ministro do Planejamento, Nelson Barbosa, mas bem antes disso, em maio passado, o deputado federal, Jaime Martins (PSD) já havia apresentado uma indicação ao governo federal sugerindo a medida. A proposta dele foi mais ousada. Jaiminho propôs a redução de 17 ministérios. Dos atuais 39 passaria para 22.
A sugestão foi pensando no atual cenário econômico. Para ele, não há como falar em driblar a crise sem conter despesas. O deputado defende o “enxugamento” da máquina.
Deputado disse que governo precisa cortar gastos na manutenção da estrutura dele (Foto: Divulgação)
“Neste momento de crise, em que estamos tendo queda de receita, da atividade econômica, é importante que o governo sinalize para a sociedade uma queda nas despesas do próprio governo, na manutenção da sua estrutura governamental”, afirmou.
“Nesse sentido apresentamos, por meio da Mesa da Câmara do Deputados uma indicação com a redução”.
Apesar de ter sugerido o corte de 17 ministérios, o governo resolveu acabar com 10. Mesmo assim, a medida deverá gerar economia. O ministro do planejamento ainda não apresentou estimativas.
A reforma também inclui cortes em estruturas internas de órgãos, ministérios e autarquias – com a redução de secretarias, por exemplo; a diminuição dos cargos comissionados no governo, os chamados DAS; o aperfeiçoamento de contratos da União com prestadoras de serviços, entre eles de limpeza e transporte; e a venda de imóveis da União e a regularização de terrenos.
Atualmente, o governo tem 22 mil cargos comissionados. Segundo Barbosa, 74% são ocupados por funcionários públicos, mas cerca de 6 mil não são do quadro.
“Uma estrutura mais racional do ponto de vista gerencial, possibilitando que a presidente possa despachar mais com os ministros”, concluiu.
