Ela apresentou provas de que foi coagida a assinar documentos retroativos após sua exoneração.
Uma ex-servidora da prefeitura de São Gonçalo do Pará, no Centro-Oeste de Minas – Amanda Boldrini Góes, apresentou defesa perante a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que apura diversas irregularidades administrativas na gestão municipal. Durante sua declaração, Amanda envolveu Marcelo Daldegan, procurador do município, em supostas fraudes relacionadas a licitações.
De acordo com Amanda, que ocupou o cargo de Chefe de Finanças e Planejamento entre janeiro de 2021 e dezembro de 2022, ela foi instada a assinar documentos retroativos, após sua exoneração, relacionados à reforma da escola Municipal Felipe de Freitas.
As solicitações partiram, então, de Willian Brito de Souza, atual secretário de Educação, agindo sob ordens de Daldegan. Prints de mensagens trocadas via WhatsApp, anexadas ao processo corroboram as alegações da ex-serviodora.
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Irregularidades
A ex-servidora também referiu-se a um Boletim de Ocorrência registrado pela pregoeira do município, após constatação de extravio do Processo Licitatório. Conforme Amanda, as irregularidades na dispensa de licitação foram imposições de Daldegan, sendo que a Comissão Permanente de Licitação era limitada a autuar os atos administrativos.
Relatório da CPI de São Gonçalo do Pará
O prazo para que os outros investigados pela CPI apresentem suas defesas encerra-se em 19 de abril. A CPI, presidida pelo vereador Pedro Henrique, investiga, além das acusações de fraude em licitação, pagamentos indevidos e outras irregularidades administrativas.
A CPI deverá encaminhar, então, o relatório final ao Ministério Público para as devidas medidas legais. Contudo, precisa passar por votação em plenário.