Primeira oitiva será realizada no dia 25 de junho; Questionamentos podem ser protocolados na Câmara
Marcelo Lopes
Serão realizados, no dia 25 de junho, os primeiros depoimentos para a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), que irá investigar indícios da prática de atos lesivos ao interesse público por parte do Poder Executivo. Ela foi instaurada após o vazamento de áudios envolvendo o prefeito de Divinópolis, Galileu Machado (MDB), o ex-aliado dele, Marcelo Marreco e o editor do Divinews, Geraldo Passos. As gravações revelam uma suposta negociata de cargo na prefeitura da cidade.
Serão ouvidos Marcelo Marreco, às 9h, Galileu Machado, às 14h, o procurador federal, Lauro Coelho Junior, às 15h30 e por último, o chefe de gabinete do prefeito, Djalma Guimarães, às 16h30. Os depoimentos serão abertos ao público e realizados no plenário da Câmara Municipal.
O vereador que preside a CPI, Ademir Silva (PSD), disse ao PORTAL que a primeira oitiva será realizada dentro da regularidade e que a análise inicial, será sobre o primeiro áudio vazado, entre Galileu e Marreco, dando origem a todo o caso.
“Estamos estudando todas as possibilidades de perguntas a respeito dessas gravações, para chegarmos a um consenso e a questões inteligentes e que sejam capazes de provar por A mais B, quem está certo ou errado”, disse Ademir.
Preparações
Ademir afirmou que, como presidente da CPI, está preparado para conduzir as investigações, assim como os colegas, o relator, Renato Ferreira (PSDB), Edson Sousa (MDB), Josafá Anderson (PPS) e Raimundo Nonato (PDT).
“Estamos buscando em materiais, aprofundando e pedindo informações como na Delegacia de Polícia Civil, nós já pedimos e deve estar pronto a qualquer momento, sobre a veracidade dos áudios, que acredito que é o mais importante para analisar se os mesmos são realmente verdadeiros, se não houve cortes, se sim, porque houve, às vezes se pensar até em algo dessa forma “se houve cortes, porque o senhor não mostra para nós o restante da conversa?”. Aí iremos ver realmente o que aconteceu”, explicou.
Um fato importante, segundo Ademir, será analisar as datas nas quais ocorreram as gravações. Uma das causas é a participação do ex-assessor de gabinete, Fausto Barros.
“Ele (Fausto), está proibido de ajudar na administração. Dependendo da época em que aconteceram estas gravações, pode ser que ele ainda possa ter ajudado o Galileu e às vezes, dependendo, ele não ajudou, pois ele trabalhava lá”, relatou Ademir.
Participação da população
O presidente da comissão citou que a população também pode participar nas perguntas que serão feitas aos depoentes no dia 25.
“Convidamos todas as pessoas que quiserem fazer alguma pergunta para um destes quatro indiciados no dia 25, que protocolem as questões aqui na Câmara até dia 20, no qual nós estaremos reunidos com o corpo técnico aqui da casa, para que nós estudemos as nossas perguntas e as da população e obter as respostas que precisamos para o andamento da nossa comissão”, finalizou.