Gian Rodrigues observa orientação do Guarani em campo - Foto: Guarani

Os gols bugrinos foram marcados por Pedrinho (duas vezes) e Magalhães; Confronto foi realizado em um roteiro eletrizante;

Marcelo Lopes

Após um confronto que foi definido nos detalhes, o Guarani garantiu mais uma vitória nesta segunda (19). No Soares de Azevedo, a equipe divinopolitana venceu o Nacional de Muriaé por 3 a 2. Os gols bugrinos foram marcados por Pedrinho (duas vezes) e Magalhães. Com a vitória, o Bugre retorna a liderança do Módulo II, com 18 pontos somados.

Antes do jogo

Do lado divinopolitano, Thiago Balaio voltou a equipe titular após dois jogos no banco de reservas, substituindo Neto, que ocupava a respectiva posição.

Já na equipe do Nacional, Eugênio Souza estreou no comando técnico. O treinador assumiu o time na semana passada e tem como objetivo levar o clube a uma recuperação na competição, assumindo o lugar de Márcio Pereira, que hoje, assume o Ipatinga.

1º Tempo

O Nacional começou pressionando e ganhou escanteios no início de jogo. Os dez primeiros minutos foram de superioridade para o time da casa. Era o aperitivo de que não seria uma partida fácil, no qual a força ofensiva do time de Muriaé era a mais dominante até então.

Pênalti

Ao cronômetro marcar os 10 minutos, houve o que não poderia ocorrer para os jogadores divinopolitanos. Balaio puxou Michel Paulista dentro da área. O árbitro, Leonardo Prado Neves Silva, marcou penalidade para o Nacional e aplicou cartão amarelo para o lateral esquerdo.

Na cobrança, o próprio Michel Paulista bateu o pênalti com precisão, chutando no ângulo esquerdo de Leandro, que pulou no mesmo lado, mas não alcançou a bola. O placar estava aberto em Muriaé. 1 a 0.

Guarani ganhou o primeiro escanteio aos 14 minutos. Na jogada, Mancha estava em impedimento.

Em mais um tiro de canto a favor do Bugre e cobrado por Ricardo, veio o primeiro susto do  time de Divinópolis, onde Elder quase marcou de bicicleta, mas Renan, atento, fez excelente defesa.

Mesmo com a desvantagem, o time não se acomodou e tentou reagir. O gol assustou a equipe divinopolitana, mas com uma organização em forma, o Bugre realizou algumas tentativas de chegar ao ataque e assim, entrando no jogo.

Aos 25 minutos, após bobeira da defesa do Nacional, Pedrinho aproveitou a sobra de bola e cruzou, mas em toda a extensão territorial da grande área, a bola não encontrou o destino em um companheiro de time.

Até ali, os cruzamentos passaram em branco e não chegaram a uma finalidade. Em uma outra tentativa, dessa vez de Leomir, Mancha estava na disputa, mas não chegou na bola.

Estando na frente do placar, o Nacional teve um conhecimento da força do Guarani e segurou o jogo, administrando defensivamente enquanto os adversários apareciam no campo de retaguarda.

O caminho para o gol bugrino

Gian Rodrigues observa orientação do Guarani em campo – Foto: Guarani



Parecia um roteiro redundante dos confrontos anteriores, mas quando a bola foi colocada no chão novamente, o Bugre chegou às redes.

Após tanto sufoco, Pedrinho recebeu aos 32 minutos e meio em uma bola enfiada pela esquerda de Leomir durante jogada realizada de forma conjunta com Alemão. O atacante finalizou rasteiro e cruzado, sem chances para Renan e então, empatando o jogo para o Guarani.

Com o placar igualado, o Bugre tentava de novo. Em uma arrancada com uma bola invertida, o time buscou a virada com Magalhães, mas Renan, mesmo encoberto, conseguiu dar um tapa na bola e salvar o Nacional.

O primeiro cartão do Nacional foi distribuído para Tatuí, por reclamação. Na etapa inicial, o final no placar estava sacramentado no 1 a 1, mas com uma superioridade do Guarani na segunda metade dos primeiros 45 minutos. No início do intervalo, a tradição do grupo se manteve, na qual os atletas que estavam no banco de reservas entraram em campo e buscaram os companheiros para se encaminharem até o vestiário.

2º Tempo

Após o intervalo, o Nacional mexeu pela primeira vez. Valdeir substituiu Cassiano. Do lado bugrino, Gian Rodrigues preferiu optar por retornar ao campo com a mesma formação que iniciou o jogo, sem alterações.

O Guarani voltou com fome de bola. Em batida forte de Magalhães, a bola desviou na defesa adversária. A equipe divinopolitana esquentou o início da segunda etapa no calor de Muriaé, cidade que marcava no momento a temperatura de 34 graus.

Em jogada bem trabalhada no toque de bola, o time divinopolitano assustou novamente. Pedrinho finalizou chutando forte, mas o destino foi a linha de fundo.

Pênalti para o Bugre e a virada

Foi o momento do pênalti ser marcado a favor do Guarani. Almir bobeou e Paulo Morais tomou a bola. Em seguida, o bugrino foi derrubado por Renan, que cometeu a falta dentro da área.

Pedrinho foi lentamente até a marca da cal e bateu a cobrança rasteira na trave, mas no retorno da bola, o atacante brigou com o zagueiro e com muito esforço, virou o placar. Com o gol, o camisa 9 do Guarani se torna o vice artilheiro do Módulo II, com cinco gols marcados.

Após o gol de virada, Eugênio Souza acionou Hildo e Paulo Victor no lugar de Michael Paulista e Rodrigo Dias, fazendo as últimas alterações na equipe do Nacional.

Terceiro gol e o susto

O segundo tempo era absolutamente de garra e vontade vermelha até ali. Após jogada de Alemão e Leomir, Magalhães encheu o pé esquerdo de primeira, fazendo a bola morrer no fundo do gol do Nacional. Aos 21 minutos, o placar estava 3 a 1 para o Guarani.

Dois minutos após, a defesa bugrina vacilou. Era marcado escanteio para o time de Muriaé. Na cobrança, Hildo, em poucos minutos dentro de campo, cabeceou livre para o gol de Leandro, fazendo a equipe da casa encostar no marcador. Com isso, o jogo se tornou ainda mais eletrizante.

O Guarani fez a primeira alteração. Alemão deu lugar a Yuri. Leomir sufoca o time adversário mais uma vez com o pé direito, mas o chute de fora da área foi para fora.

A equipe de Muriaé voltou a incomodar após o segundo gol. Com isso, o Bugre começou a administrar a partida.

Gian acionou Felipe Gomes. O zagueiro substituiu Mancha. Balaio, devido a câimbras, não conseguiu continuar no jogo, sendo então substituído por Neto.

O tempo estava se esgotando e os times tinham pressa. Aos 42 minutos, o Nacional assustava nas tentativas ofensivas, mas não obteve êxito. Com o placar mais apertado, o Bugre buscava formas de administrar o resultado, enquanto as chances não apareciam.

Devido ao atendimento à Thiago Balaio, a arbitragem acresceu cinco minutos no tempo da etapa final. A equipe de Muriaé continuava a tentar sufocar o Bugre nos instantes conclusivos, mas a defesa divinopolitana afastava qualquer chance de perigo, fazendo os torcedores do Guarani prenderem a respiração.

Aos 50 minutos, os bugrinos puderam ficar aliviados. Leonardo Prado Neves Silva apitava o fim de jogo no Soares de Azevedo. O Guarani com a vitória retorna a liderança, com 18 pontos. O próximo adversário fora de casa, neste sábado (24), às 16h30 é o Uberaba, que venceu no Parque do Sabiá nesta segunda (19), o CAP Uberlândia, por 1 a 0. No outro confronto da noite, o América de Teófilo Otoni venceu o Social por 4 a 3.

Confira abaixo a ficha da partida

Campeonato Mineiro – Módulo II – Sétima Rodada – Nacional de Muriaé 2×3 Guarani

Nacional – Técnico: Eugênio Souza
Renan; Almir e Paulo Roberto; Marcelinho e Cassiano (Valdeir); Emerson, Gabriel Galhardo, Tatuí e Baianinho;  Rodrigo Dias (Paulo Victor) e Michael Paulista (Hildo);

Guarani – Técnico: Gian Rodrigues
Leandro; Elder e Eduardo Mancha (Felipe Gomes); Ricardo Luz e Thiago Balaio (Neto); Kauê, Alemão (Yuri), Leomir; Magalhães e Paulo Morais; Pedrinho;

Gols

Nacional: Michel Paulista (11 minutos do 1ºT) e Hildo (23 minutos do 2ºT)

Guarani: Pedrinho (32:30 do 1ºT e 10 minutos do 2ºT) e Magalhães (21 minutos do 2ºT)

Comissão de Arbitragem

Árbitro: Leonardo Prado Neves Silva
Auxiliares: Marcelo Giovanni Bertolini de Souza e Warllen Breno da Paixão Salgado
Quarto Árbitro: Edson Jose Rezende Neto
Observador: Guido Victório Baeck