Denúncias de degradação do Rio Pará no município de Carmópolis motivam visita da Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), nesta segunda-feira (17). O presidente da comissão, deputado Cássio Soares (PSD), foi quem solicitou a visita com o objetivo de verificar a situação do curso d’água, que está sendo afetado pela extração de areia e revolvimento de sedimentos.
De acordo com o requerimento, a visita será iniciada na Prefeitura de Carmópolis de Minas. De lá, a comissão segue para o Povoado da Mumbaça, onde segue o leito do rio até a Ponte do Rio Pará, no encontro com a Rodovia Fernão Dias (BR-381).
Segundo a justificativa de Cássio Soares, o Rio Pará é um dos mais importantes cursos d’água da Bacia do Rio São Francisco. O Pará nasce na Serra das Vertentes, no município de Resende Costa (Região Central) e passa por outros 37 municípios das regiões Centro-Oeste e Central do Estado, abrangendo uma área de 234.347 km². A principal cidade da bacia do Rio Pará é Divinópolis (Centro-Oeste), com mais de 200 mil habitantes, seguida de Itaúna (Centro-Oeste) e Pará de Minas (Região Central do Estado).
Quase a metade dos municípios da bacia tem uma população menor que 10 mil habitantes. Entre as outras cidades banhadas pelo rio, a maior parte está na região Centro-Oeste: Passa Tempo, Piracema, Cláudio e Carmo do Cajuru, onde foi construída a Barragem do Cajuru. Depois, o rio passa por outros municípios do Centro-Oeste: São Gonçalo do Pará, Conceição do Pará e Martinho Campos, onde, na divisa com Pompéu (Central), deságua no São Francisco.
Para Cássio Soares, “a situação é grave e pede que a Assembleia de Minas, por meio da Comissão de Meio Ambiente, utilize todas as ferramentas disponíveis para a proteção e a preservação do Rio Pará”.
Este é apenas um dos problemas do Rio Pará. Parte dele foi tomado por aguapés entre Divinópolis e Carmo do Cajuru. O gargalo se estende há meses sem nenhuma solução. As duas cidades ficam no “empurra empurra” da responsabilidade. Carmo do Cajuru já chegou a se declarar responsável já que o trecho do Rio está no território do município, mas nada foi feito. A desculpa é falta de dinheiro.