Comissão aguarda quebra de sigilo telefônico para concluir o relatório

O depoimento do Delegado Regional da Polícia Civil de Divinópolis, Leonardo Moreira Pio, foi o último colhido pela Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI dos Áudios) que apura possíveis irregularidades cometidas pelo Executivo Municipal na nomeação do cargo de confiança envolvendo Marcelo Máximo de Morais Fernandes, devido o vazamento de áudios.

A oitiva foi realizada na tarde desta quarta-feira (14) na sede da Polícia Civil, e contou com a presença dos Vereadores: Ademir Silva, Renato Ferreira, Josafá Anderson e Raimundo Nonato. O Vereador Edson Sousa que também faz parte da Comissão, não pode estar presente na oitiva por estar em viagem, porém enviou suas perguntas através do relator da CPI.

O primeiro questionamento foi Pio teria recebido reclamação de algum vereador que estivesse se sentindo ameaçado por causa da abertura da CPI. Segundo o delegado regional, no início do ano, antes da instauração da CPI, ele teria recebido em seu escritório um grupo de parlamentares que disse estar se sentindo ameaçado através das redes sociais.

“Me recordo que no início do ano recebi um grupo de vereadores aqui, e eles disseram que estavam se sentindo ameaçados por publicações nas redes sociais, e que estariam denegrindo a imagem deles. Porém, isso foi antes de instaurar a CPI, eles não mencionaram quem era a pessoa que estava fazendo as ameaças, pois eram tidas como “fake news” que feriam a honra dos parlamentares”.

Na ocasião, o delegado afirmou que orientou os vereadores para que eles formalizassem um pedido de providências.

Para reforçar, o relator Renato Ferreira questionou se a situação teria sido antes ou depois do início da apuração da CPI, e Leonardo Pio respondeu: “desde que os áudios vieram à tona, nenhum vereador não tornou a me procurar para reclamar de ameaças novamente não”.

Todas as perguntas feitas pelo relator foram sugeridas pelo vereador Edson Sousa que está em viagem.

Relatório

O prazo de trabalhos para apurações da CPI termina dia 19 de novembro, e segundo presidente Ademir Silva, ainda não há previsão para a entrega do relatório final, considerando que a Comissão está aguardando a quebra de sigilo telefônico que segue tramitando no Tribunal de Justiça.