Revista Bem Feminina
Prevenir para não se preocupar mais tarde. Esse é o principal foco do projeto “Dentista do Futuro”, desenvolvido por uma clínica de odontologia especializada. O objetivo da iniciativa é acompanhar periodicamente para a prevenção e educação da saúde bucal. O projeto que seria apenas para crianças, pôde ser expandindo e adequado aos adultos, graças aos resultados já atingidos.
Durante a infância, o projeto prevê transformar a ida das crianças ao dentista como algo prazeroso, para que entendam o motivo de estar indo ali e não algo que assuste os pequeninos. Segundo a especialista, Camila Guimarães de Lima, formada na UFVJM, “dentro do projeto, as consultas das crianças são rápidas, elas não costumam dar trabalho. Dentro do nosso propósito, a criança que inicia o “dentista do futuro” sem nenhuma lesão de cárie, com certeza perpetuará sem lesões pro decorrer da vida”.
A profissional acrescenta que o acompanhamento começa desde cedo, e aos poucos se transforma numa rotina, em que a criança entende o objetivo e vai tomando consciência da importância de se cuidar da saúde bucal.
Durante o acompanhamento das crianças que já participam do projeto pôde ser observado bons resultados na prevenção e cuidado. A partir daí, pais e responsáveis começaram a notar a eficácia do programa e a se interessarem por ele. Com isto, o hospital odontológico começou a oferecer o serviço para todas as idades. Para os adultos, o acompanhamento periódico é feito com uma periodicidade diferente, como já cuidam melhor dos dentes, o intervalo entre as consultas pode ser um pouco maior.
“Costumamos dizer que é uma reeducação e mudança de comportamento. Hoje a odontologia é 90% curativa e 10% preventiva, nós queremos reverter a situação, fazendo com que a odontologia se torne 90% preventiva”, garante Camila.
O Projeto
O “Dentista do Futuro” funciona como um plano de saúde. Durante a infância como a criança deve ser examinada todos os meses, o pagamento é mensal. Para cada faixa etária a periodicidade é diferente, e por isto a forma de investimento também. Diferente de outras consultas que normalmente são para tratar alguma lesão, as consultas do programa na maioria das vezes são apenas para controle e observação.
“Escutamos muitos os pais falarem que não tem como o filho não ter cárie e discordamos disto. Tendo acompanhamento e cuidado uma criança pode sim não ter lesões. Isto já é comprovado. Temos crianças no programa que nunca tiveram e tenho certeza que continuando o projeto, nunca vão ter”, garante Camila.
Para ela o prazeroso é ver os pequeninos orgulhosos de não terem cárie, “eles falam isto na escola”, conta. A proposta quer também trazer a responsabilidade da saúde bucal para os profissionais da área. “Queremos ter orgulho de transformar este cenário do curativo para o preventivo. Conseguindo fazer esta prevenção garantimos também uma vida mais saudável e sem dor, afinal o tratamento de lesões adquiridas há mais tempo costuma ser traumático, doloroso e caro, e queremos acabar com isso”, observa.