Poliany Mota

 

Para deputado é preciso democratizar o horário de veiculação do programa (Foto: Divulgação)

Para deputado é preciso democratizar o horário de veiculação do programa (Foto: Divulgação)

Se depender dos deputados federais Domingos Sávio (PSDB) e Jaime Martins (PSD) as emissoras de radiodifusão de Divinópolis finalmente poderão ter autonomia para decidir qual o melhor horário para colocar no ar o programa “A Voz do Brasil” e poderem proporcionar aos ouvintes a cobertura de assuntos de maior importância local, que venham a ocorrer no horário das 19 horas.

 

Os deputados sinalizaram que são totalmente favoráveis ao projeto. Domingos defendeu que a mudança é importante para a população, mas frisou que não deveria ser adotada apenas em função do mundial de futebol.

 

“Sempre defendi a aprovação dessa lei, não apenas por causa de Copa do Mundo. Acho até vergonhoso que algumas providências no Brasil sejam tomadas apenas por essa razão. Nós temos que pensar no Brasil no dia a dia. É preciso flexibilizar o horário por uma razão simples: nós não podemos, numa democracia, continuar usando práticas da ditadura, para obrigar as pessoas a ouvirem determinada coisa em razão do interesse do estado e não do cidadão”.

 

Jaime Martins, que já chegou a apresentar requerimento de inclusão do projeto na pauta do dia, defendeu que a

Para Jaime a flexibilização é uma vontade dos brasileiros e ouvintes das rádios (Foto: Divulgação)

Para Jaime a flexibilização é uma vontade dos brasileiros e ouvintes das rádios (Foto: Divulgação)

mudança deve ser vista como parte do direito de liberdade de expressão.

 

“Acho que essa flexibilização é uma vontade da população e não se trata de acabar com A Voz do Brasil. As pessoas poderão escolher o melhor momento para ouvir o programa, porque sempre haverá uma emissora transmitindo, seja às 19 horas, as 20 ou 21 horas. Acho que isso é bom, faz parte da liberdade de expressão, mas, sobretudo da liberdade de opção do ouvinte” concluiu.

 

Domingos também ressaltou sobre a importância de manter A voz do Brasil como instrumento de democratização e informação, entretanto, sem ter que obrigar todas as rádios a pararem, no mesmo horário, em função do programa estatal.

 

“Você pode ter situações em que para a comunidade seja mais importante, naquele horário de 19 horas, transmitir outro assunto. Nesse mesmo horário pode haver um assunto de maior importância para a comunidade, por exemplo, um acidente grave, uma rodovia interditada, ou estar sendo debatido na Câmara um projeto como o Plano Diretor. Se as rádios quiserem transmitir ao vivo são proibidas, por causa da Voz do Brasil, que é 99% gravado e pode ser transmitido mais tarde. Se a lei for aprovada a população vai ganhar muito podendo, naquele horário, escolher o que é mais importante para ela”, concluiu.