Morador seguiu todas as orientações da prefeitura e não obteve nenhum retorno mesmo com protocolo
Marcelo Lopes
Moradores do bairro São Geraldo, em Divinópolis, continuam incomodados com o descaso. Em 05 de abril, o PORTAL denunciou a situação na região, que possui um bota fora irregular e a ausência de asfaltamento nas ruas Marechal Hermes, Inácio Loiola e São Francisco, as principais vias de acesso. Quase três meses depois, a situação não mudou.
De acordo com Antônio Lemos, morador do local, ele seguiu os procedimentos de protocolamento dos pedidos à prefeitura, no qual a mesma divulgou, em posicionamento, na reportagem. Mas, até agora não obteve nem mesmo uma posição oficial do órgão.
“Daquele dia para cá nada foi feito. Pelo contrário, na reportagem, além de fazer o que a prefeitura pediu nela, eu ainda fui direto no novo secretário, que é o Roberto Chaves. Fiz o pedido, imprimi toda a reportagem, entreguei na mão dele e ele falou “Antônio, eu fiz o pedido lá na Semop, e ela vai realizar. Você me dá 30 dias”, relatou Antônio ao PORTAL.
Segundo Lemos, isso ocorreu 15 dias após a publicação da reportagem. O morador disse também que o secretário o comunicou que o pedido de solicitação de melhorias no bairro estava na Secretaria Municipal de Obras Públicas (Semop), no nome de Rodrigo Assis. Porém, o que inicialmente poderia ser algo positivo, virou frustração.
“O Rodrigo me ligou e disse que não chegou nada na Semop para fazer. Então fica naquela conversa, o Roberto fala que está, o Rodrigo fala que não […] Promessas são fáceis”, exclamou Antônio.
O morador criticou a postura do município e a situação da rua, que de acordo com ele só está piorando.
“A prefeitura encheu a boca para dizer que fez um paliativo, que é um resto de asfalto jogado, que foi muito bom e não durou 30 dias, na primeira chuva, foi embora. O que estamos pedindo é um direito nosso, a prefeitura refazer o que foi feito, um serviço bem feito e não tacar uma manta e na primeira chuva sair (…) Eu já estou cansado. Fui atrás do vereador Tarzan, disse que iria ajudar, mas não ajudou nada. Ligo para o gabinete dele e nem me atende mais”, finalizou Antônio.
Secretaria de Governo
Em contato com o secretário de governo, Roberto Chaves, o mesmo confirmou ao PORTAL que encaminhou os pedidos de Antônio pessoalmente e por WhatsApp à secretária municipal de obras públicas, Cláudia Machado, que de acordo com ele, possui o planejamento para atender as demandas que são respectivas à Semop.
Chaves também disse que as atribuições dele na prefeitura no cargo em que ocupa, não são relacionadas à obras, sendo assim, direcionadas para as secretarias responsáveis.
“O fato é que existe essa programação e tem que aguardar para elas serem realizadas. São muitas as situações que demandam reestruturação de vias, reformas, tapa buracos e cada uma dessas pessoas que estão sendo prejudicadas, por chuvas e tal” explicou Chaves.
O secretário de governo também citou que a situação financeira crítica, como falta de repasses do Estado, compromete toda a estrutura municipal, refletindo no cidadão.
“Eu não tiro a razão dele, como cidadão, ele tem o direito de reivindicar, só que por outro lado temos esta dificuldade”, finalizou.
César Tarzan
O PORTAL procurou César Tarzan (PP), que disse que tem conhecimento da demanda e que também a encaminhou para a Semop. Sobre o não retorno do contato à Antônio Lemos, o parlamentar justificou que não falou com ele devido a não confirmação de como ocorrerá o novo cronograma de obras da secretaria, que, segundo ele, funcionará semanalmente em cada bairro, com reformas mais amplas nos locais.
“Quando chegar no bairro São Geraldo, não irá arrumar somente as ruas e sim irá limpar o bairro todo, trocar as lâmpadas que estiverem queimadas e tem uns 20 dias que não tenho este contato com a Cláudia Machado, para poder ver como está este agendamento para dar uma previsão de quando essa ação estará na região do bairro”, disse.
Prefeitura
Em contato com a Prefeitura de Divinópolis, foi informado que o setor responsável ainda não conseguiu verificar com a fiscalização sobre o assunto, mas que irão ao local para averiguar a causa da necessidade. A partir disso, haverá uma apuração e então, uma resposta sobre o caso, pois, segundo a assessoria de comunicação, o protocolo realizado não identifica, de forma mais detalhada, qual é a reivindicação.