Nunca na história de Divinópolis a presidência da Câmara Municipal foi tão cobiçada. A afirmação pode até parecer clichê, mas é verdadeira. Não é apenas o posto mais alto da Casa Legislativa que está na disputa, mas sim o do município. Quem encabeçar a chapa pela Mesa Diretora também poderá assumir outra responsabilidade: a prefeitura.

Até que se prove o contrário todos os 17 vereadores estão na disputa, mas cinco estão entre os “preferidos”. Pelos bastidores as apostadas são de que um dos reeleitos – por questões óbvias – seja o novo presidente da Câmara. Eduardo Print Jr (SD), Rodrigo Kaboja (PSD), Adair Otaviano (PMDB), Delano Santiago (PMDB) e Marcos Vinícius (PSC) já demonstraram interesse.

A “preferência” por um deles é justificada pela experiência e conhecimento legislativo. O outro nome que aponta na corrida é o de Edson Sousa (PMDB) que retoma uma cadeira a partir do próximo ano. Edson carrega no currículo, além da experiência como vereador, a de também ter sido presidente em mandatos anteriores.

Cautela

Os parlamentares eleitos, os marinheiros de primeira viagem, não chegam a negar o interesse, mas são mais cautelosos. O receio é com o risco e responsabilidade de assumir a prefeitura da cidade até que o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) defina se Galileu Machado (PMDB) será empossado como prefeito ou se haverá nova eleição.

Apesar do glamour do cargo, quem assumi-lo no início do ano já terá fortes dores de cabeça. Logo em janeiro há os 3,5% da recomposição salarial acordados com os servidores e ainda no primeiro semestre tem o gatilho salarial. E não para por aí. Em janeiro também será aplicada a nova alíquota patronal do Diviprev, de 26%. As despesas podem implicar em medidas antipáticas para não extrapolar o orçamento.

Mesmo com sinais desfavoráveis para o novo gestor, os vereadores não querem largar o osso e sonham, nem que seja por poucos dias, serem chamados de “prefeito”. Alguns até falam em “consenso”, mas é pelos bastidores que o clima esquenta. Pelo histórico da disputa, as chapas – ou a chapa – serão conhecidas “minutos” antes da eleição, pelo menos, oficialmente.

A decisão ficará por conta dos novatos, já que são maioria.