Eles reclamam de superlotação após fechamento de presídios da região

Um princípio de motim foi registrado na madrugada desta quarta-feira (18/1) no presídio Floramar, em Divinópolis (MG). Detentos colocaram fogo em colchões e roupas.

O Corpo de Bombeiros foi acionado para dar suporte ao Grupo de Intervenção Rápida (GIR) da Polícia Penal. As chamas foram controladas e não houve feridos. Os danos patrimoniais serão levantados.

Colchões foram colocados nas entradas das celas para impedir o trabalho de contenção dos policiais penais. Foi necessário a utilização de munição menos letal e gás de pimenta para contê-los.

Uma conferência estrutural e uma operação de “pente-fino” nas celas também foram realizadas.

Motivação

Uma das motivações seria a superlotação devido a transferência de detentos de outras localidades da região para o Floramar. Eles também reclamavam da falta de água.

Um dos presídios fechados foi o de Pitangui, na mesma região. O fechamento foi temporário.

Em nota, a Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp) informou que um procedimento administrativo foi instaurado para apurar o ocorrido e que os detentos envolvidos serão submetidos ao Conselho Disciplinar.

Disse ainda que a diretoria regional de Polícia Penal e a direção-geral do Depen-MG acompanham os desdobramentos da ocorrência.

A Sejusp não deu detalhes sobre a transferência de detentos afirmando ser por “questões de segurança”. Afirmou que o fechamento temporário ou definitivo faz parte da gestão operacional.

O Floramar tem capacidade para 240 presos. O número atual de detentos no local não foi informado.