Osmar trabalha desde 1998 na área (Foto: Divulgação)

No dia 30 de abril, comemora-se o Dia do Ferroviário, uma homenagem a todos aqueles que trabalham nas estradas de ferro Brasil afora. A data remete à inauguração da primeira linha ferroviária do Brasil, a Estrada de Ferro Petrópolis, que tinha mais de 14 km de extensão, ligando o Rio de Janeiro até Raiz da Serra (RJ).

Mas muito além dos trilhos estão as histórias daqueles que contribuem para que as ferrovias do país funcionarem todos os dias. Trajetórias muitas vezes passadas de geração para geração, como um legado de família. Apenas na Oficina de Divinópolis, a maior da América Latina em manutenção de locomotivas e vagões, são quase mil pessoas empregadas. 

Osmar Ramos, 35, trabalha na Oficina de Vagões e Locomotivas em Divinópolis. Começou a carreira em 1998, no cargo de mantenedor de via permanente, função responsável pela parte de manutenção da ferrovia.

“Eu cresci vendo o trem e sentindo o orgulho que meu pai transmitia para mim em ser ferroviário. Com muito esforço, consegui alcançar meu objetivo de me tornar maquinista”, conta Ramos.

Atualmente ele atua como inspetor de tração, responsável por treinar e avaliar o desempenho dos maquinistas.

A filha de Ramos tem 9 anos e ele sonha em transmitir para ela o mesmo amor pela profissão que seu pai lhe passou.

“Quero muito que ela faça parte da ferrovia. Quem sabe não conseguimos trabalhar juntos, antes de eu me aposentar”, comenta.

Fábio Campos, 30, entrou na companhia em 2011 e vem de uma família com tradição ferroviária. O avô, dois tios-avôs e um tio serviram de inspiração para ele seguir carreira. O irmão de Campos também foi influenciado pelos familiares.  Nascido em Bambuí (MG), Campos começou como manobrador de trens e atualmente é maquinista sênior em Divinópolis.

O irmão dele, Aleiquixon Campos, mora em Belo Horizonte e trabalha como inspetor no Centro de Controle de Operações (CCO).

“O que mais gosto em minha profissão é cada dia ser diferente do outro, assim nunca fico entediado. Estamos em constante aprendizado”, explica Fábio.

O filho de Alexandra tem apenas dois anos, mas já parece querer seguir os passos do pai.

“Quando perguntamos o que ele quer ser quando crescer, o João Victor já responde que vai trabalhar no trem”, comenta orgulhoso.

Para a formação da mão de obra especializada que precisa, a VLI conta com o Centro de Especialização e Desenvolvimento (CED), inaugurado em 2011, na Oficina de Divinópolis. Desde a sua criação, a companhia já registrou mais de 5 mil participações em treinamentos para a profissão de ferroviários, tanto em maquinistas como em técnicos especializados em locomotivas ou ferrovias em geral. O CED é reconhecido como referência em treinamentos técnicos na área de logística.