Amanda Quintiliano
Júlia Sbampato
O clima esquentou na reunião da câmara nesta quinta-feira (17) durante a votação dos projetos que preveem a suplementação de R$1.440.000, R$2.250.000 e R$20 mil para a Secretaria Municipal de Saúde. As matérias tiveram oito votos a favor, três contrários e uma abstenção. As propostas dividiram opiniões e acabaram em bate boca no plenário.
Os vereadores do PMDB, Edson Sousa e Dr. Delano foram os mais enfáticos ao defenderem o adiamento da votação e uma reunião com o secretário de saúde, Rogério Barbiere.
O médico e vereador Dr. Delano diz que se trata de um projeto polêmico porque envolve muitos milhões direcionados a saúde de Divinópolis. Ele utilizou seu tempo na tribuna para alertar a população que acompanhassem a votação. O envolvimento do valor iria todo para a Secretaria, para locais que ela está direcionando.
Segundo o edil, alguns vereadores não estão vendo clareza nesse projeto. Ele questiona a ausência do Secretário Municipal de Saúde, que enviou apenas um representante para tirar as dúvidas, que não foram esclarecidas. Ele explica que não podem privar a verba, porque a secretaria diz não ter nada para trabalhar.
“Como comissão de saúde e líder do partido do prefeito, fica complicado defender já que você não tem nenhuma arma pra defesa e não ser a única arma que me deram: a falta de dinheiro.”
Edson pediu sobrestamento de 10 dias, porém foi negado. O presidente da Câmara, Adair Otaviano (PMDB) defendeu a votação e negou os pedidos de adiamento alegando que os vereadores tiveram tempo para votar. Ele ainda classificou os pedidos como picuinha.
“Não podemos emperrar a cidade por picuinha pessoal […] O PMDB não está falando a mesma língua”, afirmou.
Destituição
O clima esquentou quando Delano pediu o direito de fala que foi negado por Adair. Em resposta ele pediu para ser destituído da presidência da Comissão de Saúde. Em protesto ele também deixou o plenário da câmara e não participou da votação.
Dinheiro
O dinheiro, segundo a justificativas dos projetos, serão utilizados para locação de veículos, aquisição de material médico, medicamentos, folha de pagamento e aquisição de equipamentos para a Atenção Primária de Saúde.
A verba também será utilizada para pagamento da água da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) e segurança da obra do Hospital Público, parada desde o ano passado. Uma parcela também vai para custear despesas de conselheiros em conferências estaduais e nacionais.