Prefeito Vladimir Azevedo
O prefeito afirmou estar tranquilo (Foto: Divulgação)

A Prefeitura de Divinópolis emitiu, na tarde desta segunda-feira (28), uma nota reafirmando que o município não tem condições de arcar com a reposição da inflação para os servidores. O comunicado foi em resposta à greve deflagrada nesta segunda. Segundo a Prefeitura, 90% dos funcionários permanecem trabalhando normalmente.

Em nota, a administração voltou a dizer que nos últimos sete anos, a folha de pagamento teve um crescimento de 112,75%, enquanto a inflação acumulada deste período foi de 64,48%. Os dados foram apresentados em reunião no dia 15 de março para o Sintram.

“Considerando os benefícios e outras vantagens integradas ao plano cargos e salários, desde 2009, descontada a inflação no período, integralmente reposta, os servidores municipais tiveram um superávit de 48.27%, na gestão Vladimir Azevedo.  E isso se deu sem aumento expressivo no número de funcionários que cresceu apenas 2,82% contra um crescimento de 40,56% nos sete anos anteriores à atual administração municipal”, consta na nota.

Ainda segundo a nota, quase metade dos cargos de chefia está ocupada por servidores concursados.  Se comparado à gestão anterior a 2009, são 131 cargos a menos, informa na nota.

Exemplos

Servidores ocupam parte da via na porta da Prefeitura pedindo a reposição da inflação (Foto: Amanda Quintiliano)

Servidores ocupam parte da via na porta da Prefeitura pedindo a reposição da inflação (Foto: Amanda Quintiliano)

Citando exemplos como de Betim e Porteirinha, o prefeito disse que “discutir reajuste neste momento econômico delicado do país é colocar em risco serviços essenciais à população, principalmente nas áreas de saúde e educação”.

Em Betim foram fechadas quadro unidades de saúde, incluindo uma UPA.  Em Porteirinha, no norte do Estado, a prefeitura fechou 37 das 54 escolas e demitiu 350 funcionários.

Os servidores pedem a reposição salarial de 11,28% como foi acordado com a categoria no final do ano passado. A greve começou hoje e não tem previsão para acabar. A categoria quer ser recebida pelo prefeito para negociarem.