O vereador Marcos Vinícius (PSC) disse que atrasos no pagamento dos servidores de Divinópolis é questão de tempo se não houver uma nova captação de recursos. Afirmou também que o município caminha para a ingovernabilidade. As afirmações foram feitas durante a reunião ordinária da Câmara, nesta terça-feira (29).
“Estamos com uma conta que não fecha se em pouco tempo não tivermos responsabilidade, auditoria, e uma captação de recursos para o município”, enfatizou.
Para o parlamentar, cabe ao município construir uma nova forma de arrecadar dinheiro. Sem exemplificar ou dizer se seria por meio de impostos, disse apenas que não se pode ficar refém da decisão do congresso nacional de ampliar ou não as alíquotas para distribuição de recursos.
“A minha preocupação é se os recursos são suficientes para pagar a folha de pagamento […] Precisamos de responsabilidade porque essa cidade vai caminhar para a ingovernabilidade”, disparou.
Marcos Vinícius cobrou um cronograma de investimentos, de aplicações de recursos, além de uma forma de ampliar a receita. Para ele, o município, como está, não tem mais condições de arcar com as despesas.
“Em Divinópolis, o prefeito, seguindo um rito, o pagamento é feito em dia e até de forma antecipada, mas agora a situação começa a se complicar, e o pagamento já é feito até o 5 dia útil”, afirmou se referindo à mudança na data de pagamento, antes no último dia útil do mês.
Atualmente, a folha de pagamento chega a R$ 19 milhões por mês. O valor chega a mais de 50%, por exemplo, da arrecadação anual do IPTU previsto para este ano, que é de aproximadamente R$ 30 milhões.
Polêmicas
Marcos Vinícius disse que é necessária uma nova forma de captação de recursos (Foto: Geovany Corrêa/ CMD)
Esta não é a primeira vez que Marcos Vinícius volta o pronunciamento para gestão de pessoas. O anúncio da inconstitucionalidade do índice previsto para o gatilho salarial foi feito por ele. O vereador também já falou, em outras oportunidades, da possibilidade de se acabar com a cesta de benefícios dos servidores, como quinquênio.
Segundo ele, se não houver uma revisão o município perderá a capacidade de investimento e o orçamento ficará comprometido apenas como folha de pagamento.
