Valor da cesta básica tem nova queda nos supermercados
foto: reprodução Marcelo Camargo/Agência Brasil

Banana, açúcar e feijão puxaram o preço do conjunto de alimentos para baixo

O custo médio da cesta básica de alimentos em Divinópolis ficou 0,33% mais barato. O valor passou de R$ 611,72 – registrado em maio de 2024 – para R$ 609,70. Isso é o que apontou a pesquisa realizada pelo Núcleo de Estudos e Pesquisas Econômico-sociais (NEPES), da Faculdade Una.

Em junho, a pesquisa captou elevação no preço médio do quilo da batata (27,45%). Houve avanço da safra das secas, mas as chuvas diminuíram o ritmo da colheita e o preço do tubérculo no varejo seguiu em alta. Outra alta observada foi no preço médio do quilo da manteiga (18,71%). A menor oferta do leite no campo elevou o preço dos derivados no varejo.

“Por fim, outro destaque de alta foi no preço médio do café em pó (10,04%). A especulação em torno de menor oferta global do grão, devido a um problema com a safra do tipo robusta, no Vietnã, fez com que o café ficasse mais caro, com impacto no varejo (Dieese, 2024)” explicou o coordenador do NEPES, professor Wagner Almeida.

Por outro lado, entre maio e junho, houve redução no preço médio do quilo da banana (-14,41%), feijão (-12,45%) e açúcar (-10,96%).

Sobre a pesquisa da Cesta Básica em Divinópolis

A pesquisa constante desta edição foi realizada entre os dias 21 e 27 de junho/2024 com o levantamento de preços em 07 supermercados do município de Divinópolis, os quais possuem em sua estrutura açougue, padaria e hortifrúti.

Esta cesta, chamada Cesta Básica de Alimentos, composta por 13 produtos alimentícios, seria suficiente para o sustento e bem-estar de um trabalhador em idade adulta, durante um mês, contendo quantidades balanceadas de todos os nutrientes necessários a manutenção da saúde.

Quando se compara o custo da cesta com o salário mínimo líquido, ou seja, após o desconto de 7,5%, referente à Previdência Social, verifica-se que o trabalhador remunerado pelo piso nacional comprometeu, em média, em junho de 2024, 46,7% do rendimento para adquirir os produtos alimentícios básicos, e, em maio, 46,8% da renda líquida.