Amanda Quintiliano

 

Divinópolis é a quarta no país em desenvolvimento social (Foto: Christyam de Lima)

Divinópolis é a quarta no país em desenvolvimento social (Foto: Christyam de Lima)

A revista Exame, desta semana, coloca Divinópolis, mais uma vez em destaque. A cidade aparece em quarta posição entre as 10 melhores cidades em desenvolvimento social. O levantamento classifica vários municípios. Alguns aparecem entre os melhores em infraestrutura, desenvolvimento econômico, capital econômico e por aí vai.

 

A cidade do Centro-Oeste mineiro aparece apenas como coadjuvante na reportagem da edição desta semana que tem como personagem principal Rio das Ostras, Rio de Janeiro. Com nota de 0 a 5, a cidade aparece com 3,64, não muito longe disto, Divinópolis recebeu 3,38 por mil pessoas economicamente ativas, perdendo apenas para Ibirité (3,38) e Conselheiro Lafaiete (3,44).

 

Rio das Ostras é destaque por ter deixado o ranking dos municípios mais pobres para ser classificado com um dos melhores em índices de desenvolvimento. O município mostrou que é possível melhorar a qualidade de vida da população com o bom uso dos royalties do petróleo. Em 22 anos, a população da cidade deu um salto de 11 mil para 126 mil moradores.

 

Ao longo deste período o salário médio aumentou 81%, passando de R$ 902 para R$ 1.635, segundo o Índice Firjan de Desenvolvimento Municipal. Vitória também quando analisados os indicadores educacionais. O abandono escolar é quase zero. A quantia de escolas, antes de cinco, agora já somam 50. Lá também foi adotado o estudo em período integral.

 

Um fator preponderante para o desenvolvimento de Rio das Ostras foi o aumento da receita de royalties pagos pelas empresas de petróleo, só em 2013 foram R$ 324 milhões. Porém, os royalties por si só não justificam os avanços sociais. Para tudo isso ocorrer foi necessário planejamento. E é ai, que Divinópolis começa a se assemelhar com o município do Rio de Janeiro.

 

A revista aponta como um dos fatores predominantes a elaboração do Plano Diretor em 1999. Com 15 anos de atraso Divinópolis aprovou o documento, no mês passado, elaborado por técnicos da Funedi/Uemg. Para estimular o desenvolvimento, foi criado dentro do Plano Diretor de Rio das Ostras a Zona Especial de Negócios, área oferecida gratuitamente a empresas interessadas em se instalar na cidade.

 

Já no caso de Divinópolis, o processo foi mais ou menos parecido. Ao invés de se criar esse espaço, foi criada a Zona de Urbanização Específica (ZUE), também chamada de Cidade Tecnológica. Lá serão instaladas universidades, empreendimentos iniciantes e também grandes empresas. Ao contrário de Rio das Ostras, a ZUE foi um projeto independente do Plano Diretor, mas aprovado paralelamente.

 

Rio das Ostras, como citado na revista, ainda está longe de ser uma cidade dos sonhos. Assim como Divinópolis. O município mineiro deu apenas os primeiros passos do que pode se tornar um boom do desenvolvimento, com um diferencial, Divinópolis não conta com os royalties de Rio das Ostras e a cidade já está um passo na frente, revisando o Plano Diretor com vistas a 2030.

 

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