O Centro de Sismologia da Universidade de São Paulo (USO) registrou 13 abalos sísmicos na cidade desde o dia 10 de janeiro. Seis ocorreram apenas neste sábado (15/1). Quatro na sexta-feira (14/1), três na quinta (13/1) e um na terça (10/1).
O mais forte, com magnitude de 3, foi o primeiro, na terça-feira. Ainda não há informações sobre o que estaria causando essa sequência de tremores.
“Esses tremores são causados pela movimentação em falhas ou fraturas geológicas na crosta terrestre. Infelizmente não há como prever a evolução da sismicidade na região”, informou o centro de sismologia.
Veja a tabela:
O epicentro seria o Centro Industrial de Divinópolis, no bairro Icaraí, o mesmo de terça-feira (11/1). Entretanto, como a estação mais próxima está a 100 km de distância, em Bom Sucesso, há uma incerteza de 5 a 10 km.
“Sua profundidade deve ser de poucos km, não sendo possível determinar com precisão”, consta no informa da USP publicado na terça-feira (11/1).
No último informe, a USP também afirmou que a magnitude de 2,9 é pequena, mesmo em termos brasileiros.
“Pequenos tremores de terra podem ocorrer em qualquer lugar do Brasil, e se devem a movimentação em falhas ou fraturas geológicas na crosta terrestre. Uma magnitude de ~3 corresponde a movimentação de poucos milímetros numa fratura de ~300 m de comprimento que pode estar a alguns km de profundidade. A movimentação nessas fraturas se dá devido às pressões geológicas a que a crosta terrestre está submetida”, consta no informe.
O último registrado em Divinópolis, até então, foi em 1990.
Relatos
A Prefeitura de Divinópolis fez contato com a USP na quinta-feira (13/1) após os primeiros relatos de moradores. A orientação é para que quem tenha sentido o abalo sísmico registre por meio do link http://moho.iag.usp.br/eq/dyfi , na área “Sentiu Ai” e informar sobre o ocorrido.
“O relato dos divinopolitanos pode auxiliar os estudiosos a descobrirem as possíveis causas dos tremores sentidos na cidade, nos últimos dias”, disse a prefeitura de Divinópolis.