Júlia Sbambato
Dia 28 de julho é a data instituída pela Organização Mundial de Saúde (OMS) como o Dia Mundial de Combate às Hepatites Virais. O “Julho Amarelo” é o mês de prevenção e controle das hepatites virais. Segundo a Sociedade Brasileira de Hepatologia, há no Brasil cerca de dois milhões de portadores do vírus da hepatite C, dos quais 70% desconhecem que têm o vírus e 10% são tratados.
De acordo com o Serviço de Atendimento Especializado (SAE), local onde estão cadastradas as pessoas que estão em tratamento contra a Hepatite C pelo SUS, no momento existem 136 em tratamento na rede pública de Divinópolis. Não há cadastro das pessoas que fazem tratamento na rede particular e por convênios.
Em Divinópolis, a vacinação contra Hepatite A e B está disponível durante todo o ano nas 36 salas de vacina das unidades de saúde e é oferecida conforme determinação e critérios do Ministério da Saúde. Não existe vacina contra Hepatite C.
A campanha de conscientização contra a Hepatite C é feita todos os dias nas unidades de saúde e no SAE, alertando sempre para que as pessoas mantenham os cartões de vacinação das crianças atualizados e que também mantenham as suas próprias vacinas em dia.
Há ainda o alerta, principalmente no SAE, que faz um trabalho diferenciado com profissionais do sexo, e é estendido à todo cidadão que procura o serviço, para fazer o “teste rápido”, que sempre use preservativos nas relações sexuais e que não compartilhem objetos como seringas, alicates, barbeadores, dentre outros.
Vale ressaltar que o “teste rápido” está disponível durante todo o ano, é gratuito e sigiloso. Este teste demora cerca de 15 minutos para sair o resultado e pode detectar Hepatite B e C, sífilis e HIV. Em caso de resultado positivo para alguma destas enfermidades o local faz os encaminhamentos para início do tratamento. O SAE funciona na avenida Getúlio Vargas no mesmo local que a Policlínica.
CAUSA
A hepatite C é causada pelo vírus VHC transmitido principalmente por sangue contaminado. A infecção pode também ser transmitida pelo contato sexual e por via perinatal (da mãe para filho) sobretudo durante a gravidez e o parto, assim como pelo compartilhamento de seringas, agulhas ou de instrumentos para manicure, pedicure, tatuagem e colocação de piercing.
SINTOMAS
Na maior parte dos casos, a hepatite C é assintomática, mesmo quando o fígado já está bastante afetado pela doença.
Em algumas situações, porém, pode ocorrer uma forma aguda da enfermidade, que antecede a forma crônica e provoca os seguintes sintomas: mal-estar, vômitos, náuseas, pele amarelada (icterícia), dores musculares, perda de peso e muito cansaço. Ascite (barriga d’água) e confusão mental podem ser sinais de que a doença atingiu estágios mais avançados.
Em geral, a maioria dos portadores só percebe que está doente anos após o contato com o vírus, quando apresenta um quadro grave de hepatite crônica com risco de desenvolver complicações, como cirrose, câncer no fígado e insuficiência hepática.
TRATAMENTO
A hepatite C é uma das poucas enfermidades crônicas que pode ser curada. Quando não é possível, o tratamento busca conter a progressão da doença e evitar as complicações.
Fonte: Dr. Drauzio Varella