Marcelo Lopes

A Secretaria Municipal de Saúde (Semusa) de Divinópolis divulgou, nesta terça-feira (09), o primeiro Levantamento de Índice Rápido do Aedes aegypti (LIRAa) de 2018. Foram visitados 4.898 imóveis entre os dias 02 e 06 de janeiro e o dado registrado não é nada animador. Ele aponta índice de 6,5%, muito acima do levantamento anterior (1,04%), registrado em outubro. Ele ultrapassa o parâmetro técnico do Ministério da Saúde, que estando em uma porcentagem acima de 4%, mostra que o município está em um alto risco de epidemia.

Do resultado levantado, 94% dos focos estão presentes em residências e 6% em lotes vagos.

“Isso é preocupante, pois se tem o vírus circulando, seja Dengue, Zika ou Chikungunya, teremos uma epidemia sim”, relata a diretora de vigilância e saúde Janice de Oliveira Soares.

“Não depende somente do serviço de saúde a resolutividade para essa situação. Nós dependemos das pessoas fazerem o seu trabalho, o que se deve fazer, que é eliminar os reservatórios de água dentro de suas casas para que não tenhamos a proliferação do mosquito em nosso município”, completa.

Os locais onde são armazenados água para consumo, como caixas d’água, tanques, poços, tambores e manilhas, contam com 12,5% dos focos. Os depósitos fixos como ralos, caixas de passagens, sanitários em desuso e fontes ornamentais registraram um índice de focos com 17%.

Os depósitos móveis como pratos e vasos de plantas, pingadeiras, bebedouros de animais e plantas aquáticas representam 29,3% dos focos. Os materiais passíveis de remoção como baldes, garrafas, latas, recipientes de plástico e pneus são os principais focos do mosquito com 39,6%. Os depósitos naturais como bromélias e plantas representam 1,6%.

Sobre as bromélias, Janice reforça: “muita gente insiste em falar que ela não serve para a reprodução do mosquito e isso é equivocado. Eles se reproduzem sim. Então quem tem bromélia em casa, providencie para fazer a troca ou use o larvicida”.

Infestações

A região Nordeste do município apresenta o número mais alto de infestação do Aedes aegypti, com 13,68%. Norte vem em seguida, com 7,83%. Central (6,15%), sudeste (5,34%) e oeste (4,4%) são outras regiões com porcentagens de risco elevado. Sudoeste (2,72%) foi a única localidade em parâmetro médio, onde há situação de alerta.

Boletim

De acordo com a Semusa, foram enviadas em Divinópolis 200 notificações de retiradas de focos do Aedes Aegypti em todo o ano de 2017. Desse número, 66 foram positivas, 25 ainda estão em aberto e 109 estão descartadas. As pessoas que foram notificadas têm até 24 horas para a retirada das larvas, caso contrário, serão encaminhadas multas que podem variar entre os valores de R$ 178,50 a R$17.850,00.

A população deve relatar focos pelo Disque-Dengue; o telefone para denúncias é o (37) 3221-3722, de segunda a sexta-feira, exceto feriados.