Divinopolitanos se concentraram na praça do Santuário, no centro de Divinópolis, para pedir basta à violência, neste domingo (10). Com cartazes, faixas e grandes varais de recortes de jornais os manifestantes cobraram mais investimento em segurança pública. Juntos eles percorreram várias ruas da cidade até a Praça da Catedral.
O clamor popular é reflexo do crime bárbaro registrado no dia 19 de junho. Vera Lúcia, de 44 anos, foi morta durante um assalto à lanchonete onde trabalhava. A mulher foi baleada pelas costas. Até o momento ninguém foi preso. O crime foi registrado pelas câmeras de segurança e a filmagem espalhada pelas redes sociais causando ainda mais comoção entre os internautas.
Um dos grupos responsáveis pelo ato deste domingo é formado por amigos e familiares de Vera. Vestindo camisas com a foto dela, eles pediram justiça e paz.
“A polícia prende, encontra os criminosos, mas a Justiça vai lá e solta. O que queremos é justiça. Que estes criminosos paguem pelo erro que eles cometeram”, afirma Flávio, primo de Vera.
Abaixo assinado
Durante a mobilização um abaixo-assinado circulou entre os manifestantes. O documento será entregue na Câmara de Divinópolis, na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) e no Congresso Nacional.
“A segurança pública foi a falência total e esperamos que as autoridades competentes se solidarizem com o clamor da população, pois não há como ficar mais dessa forma […] A criminalidade está crescendo gradualmente a cada ano que se passa. Isso vem acontecendo de vários anos pra cá e essa dormência das nossas autoridades culminou neste resultado catastrófico. Isso é incompetência dos nossos gestores em relação a segurança pública”, desabafou o empresário, Geraldo Barros, um dos organizadores.
Mudanças
Uma das principais reivindicações da população era a mudança na lei tornando-a mais rigorosa.
“Espero que nossos políticos tenham mais consciência e façam leis que punam os bandidos. Se não fizermos isso e dermos o exemplo não irá mudar. Os cidadãos não podem ficar reféns dos bandidos”, afirmou Mário Lúcio de Oliveira que participava do ato.
Eles ainda pediram investimentos em áreas cruciais como saúde, educação.