Por Sintram

Decepção total com a Fundação Getúlio Vargas, esse foi o sentimento expresso pelos conselheiros e membros da Junta de Recursos do Diviprev que compareceram à reunião realizada nesta terça-feira (04) com a diretoria do Sintram. Eles foram unânimes em afirmar que os argumentos apresentados não convenceram e que o atraso de quase dois anos na entrega do estudo contratado pelo valor de R$ 140.000,00 é injustificável. Todos também aprovaram a conduta do Sintram de acionar a justiça na busca de uma solução.

Tudo isso porque em outubro de 2014, o Diviprev contratou um estudo técnico à Fundação Getúlio Vargas com o objetivo de receber sugestões de como melhorar a saúde financeira do instituto. O valor foi pago, os resultados deveriam aparecer em quatro meses e até o momento nada foi apresentado aos membros do conselho fiscal e administrativo.

Além da FGV, o superintendente do Diviprev, Luiz Fernando Borges, também foi muito criticado durante a reunião. Para os participantes, durante todo esse tempo ele foi omisso, o que acabou permitindo que a fundação descumprisse as obrigações contidas no contrato entre as partes.

Nesse sentido, um convite será feito ao superintendente e à sua equipe técnica para que respondam as três dúvidas levantadas pelos representantes dos servidores: a) porque o superintendente não acatou a sugestão dos conselhos fiscal e administrativo e rompeu o contrato com a FGV, uma vez que ela não cumpriu a sua parte; b) o que foi feito pela administração do Diviprev para reaver o pagamento de R$ 140.000,00, uma vez que a FGV não honrou o contrato assinado; c) qual o novo prazo dado a FGV ou o Diviprev terá que contratar e pagar uma outra instituição para fazer o que a fundação não fez?

A advogada Adriana Diniz, que responde pelas causas previdenciárias do departamento jurídico do Sintram, defendeu a necessidade de incluir a Fundação Getúlio Vargas na denúncia apresentada ao Ministério Público. Para ela “tudo que a fundação apresentou como justificativa pelo atraso não procede e o sindicato precisa agir para que a previdência dos servidores não seja lesada.”

Luciana dos Santos, presidente do Sintram, informou que um convite será encaminhado ao superintendente Luiz Fernando Borges para que, junto com a sua equipe técnica, participe de uma reunião com a diretoria do Sintram, os conselheiros e membros da Junta de Recursos do Diviprev. Para a presidente do sindicato “existem muitas dúvidas no ar e elas precisam ser esclarecidas. A FGV informa que não concluiu os estudos; o prefeito alterou a alíquota de contribuição ao Diviprev e justificou que o fez com base no estudo da FGV. Existe um conflito nessas informações e os servidores querem saber a verdade.”