A polícia federal chegou a prender três dos envolvidos durante operação este ano (Foto: Divulgação)

Por Talita Camargos

Duas pessoas foram presas por boca de urna neste domingo(2.10) em Divinópolis. De acordo com a Polícia Militar(PM), uma das ocorrências foi pela manhã e outra à tarde. A primeira suspeita de cometer a irregularidade eleitoral, uma mulher de 29 anos, arremessou diversos santinhos próximo ao Centro Social Urbano(CSU), no bairro

Foto: João Ubaldo Lopes Pereira

Foto: João Ubaldo Lopes Pereira

Interlagos. A jovem foi levada para a Delegacia da Polícia Federal e cerca de 460 panfletos foram apreendidos. O material de campanha era do candidato Luciano da Autoescola(PT) e César Tarzam(PP). Um internauta enviou ao Portal fotos do CSU, onde aconteceu a ocorrência, cheio de santinhos espalhados. 

O coordenador do local de votação, que chamou a polícia, e outras pessoas que estavam no CSU foram testemunhas do caso. 

Já à tarde, um outro suspeito, um homem de 55 anos, também foi preso por boca de urna. Segundo a PM, ele foi pego na Escola Estadual Dona Antonia, no Centro. O suspeito pediu a pessoas nas proximidades para não votarem em um determinado candidato a prefeito porque o voto seria anulado, conforme afirmou o delegado da Polícia Federal Daniel Sousa. Ele foi advertido duas vezes antes de ser detido.

A PM ainda informou que ele estava conversando com um motorista e com um crachá de fiscal eleitoral da primeira vez. Na segunda vez que falou do candidato, já não estava com o crachá mais. 

O delegado Daniel Sousa  explicou que os dois suspeitos de boca de urna ficaram detidos na delegacia até 17h. Agora, a Polícia Federal encaminha à Justiça Eleitoral as informações, que  as repassa para o Ministério Público, que apura se houve crime e toma as outras providências. Segundo o promotor de justiça eleitoral Calixto Oliveira, se comprovado crime eleitoral, tanto os candidatos quanto quem cometeu a boca de urna pode sofrer as punições, multa e outras penalidades. 

Advertências 

A equipe do Portal Centro-Oeste também presenciou uma averiguação da Polícia Militar na Escola Miguel Couto por volta de 15h. Os militares averiguaram a denúncia, mas por falta de testemunhas não prenderam o suspeito. Um dos policiais que fazia a apuração afirmou que era a segunda vez que ele foi informado da boca de urna feita pela mesma pessoa na escola. Ele ainda alertou o suspeito de que as proximidades da escola seriam monitoradas e o orientou a ir embora.  

Segundo o delegado Daniel Sousa, muitos agentes realizaram fiscalização neste domingo em Divinópolis sem estarem identificados. “Pela quantidade de locais de votação, tivemos uma eleição tranquila. A cidade, historicamente, tem poucas ocorrências por irregularidades eleitorais”, destacou.