FMI aponta desvalorização da moeda como fator primordial para regressão; Canadá ocupará a nona colocação.
O Fundo Monetário Internacional (FMI) divulgou recentemente uma projeção preocupante para o Brasil: a economia do país, que atualmente ocupa o 9º lugar no ranking mundial, deve cair para a 10ª posição, sendo ultrapassada pelo Canadá. Segundo especialistas, essa regressão pode ser atribuída a fatores como instabilidade econômica global e efeito do câmbio. Por outro lado, de maneira também preocupante, uma série de medidas que têm afetado setores estratégicos, como o agronegócio.
O deputado federal Domingos Sávio (PL), vice-presidente da Frente Parlamentar Agropecuária (FPA), destaca que o agronegócio, responsável por cerca de 21% do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro, tem enfrentado uma série de obstáculos gerados por políticas públicas que, segundo ele, desestimulam o setor. “O agronegócio é um dos pilares da economia brasileira. Ele gera emprego, movimenta divisas e contribui significativamente para a balança comercial. No entanto, o Governo Federal tem promovido ataques diretos ao setor, com discursos e medidas que comprometem sua competitividade e afetam a confiança de investidores nacionais e internacionais” afirmou Domingos Sávio.
Em 2022, um discurso do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) gerou enorme insatisfação no setor, quando Lula afirmou que parte do agronegócio é fascista e direitista, além de não se preocuparem com o meio ambiente. Para o deputado Domingos Sávio, a falta de uma visão estratégica para o setor tem consequências diretas na economia nacional. “A estagnação do agronegócio, provocada por esses ataques, não afeta apenas os produtores rurais, mas toda a cadeia produtiva e as famílias brasileiras. Quando a maior engrenagem do nosso PIB é prejudicada, o impacto é sentido em todos os setores, inclusive no aumento do desemprego”, pontuou o parlamentar.
Retração econômica
De acordo com especialistas, a retração econômica prevista pelo FMI também está relacionada à desaceleração do comércio global, às políticas fiscais do país e à competitividade de mercados emergentes. No fim de 2013, Domingos Sávio externou o problema relacionado à importação de leite sem cobranças de impostos vinda de países como Argentina e Uruguai, o que vinha gerando uma grave crise na produção local. “Estávamos prevendo a maior crise de produção de leite da história, visto que produtores brasileiros estavam sendo altamente taxados, ao contrário das empresas estrangeiras que invadiam nosso mercado a custo zero. O Brasil precisa de políticas que incentivem a produção. O agronegócio brasileiro tem potencial para ser ainda mais competitivo, mas precisa do apoio e da valorização que lhe são devidos”, ressaltou.
O deputado também criticou o que chamou de “demonização” do agronegócio em discursos oficiais, que, segundo ele, têm sido prejudiciais para a imagem do Brasil no exterior. “Enquanto outros países veem o agronegócio como uma solução para alimentar o mundo e impulsionar o desenvolvimento, aqui temos um governo que prefere criar embates e desconfiança. Isso afasta investidores e enfraquece a nossa economia” destacou.
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Parceria entre governo, setor produtivo e sociedade civil
Apesar das projeções negativas, Domingos Sávio acredita que ainda há tempo para mudar o rumo da economia brasileira. Para ele, a solução passa por fortalecer a parceria entre governo, setor produtivo e sociedade civil, com medidas que priorizem a geração de emprego e renda. “O Brasil tem tudo para retomar o crescimento e ocupar um lugar de destaque na economia global. Mas isso só será possível se deixarmos de lado os ataques ideológicos e focarmos em construir um país que valorize quem trabalha, produz e investe. O agronegócio é o motor do nosso desenvolvimento, e ignorar isso é negligenciar o futuro da nossa nação”, concluiu o deputado.