Empresa foi alvo de denúncias em 2013 e recentemente foi contratada pelo TSE para monitoramento das redes sociais
O deputado federal Domingos Sávio (PL) emitiu nota, nesta quarta-feira (30/11), desmentindo fake news compartilhada pelo candidato derrotado a deputado estadual por São Paulo, Flávio Beall (PSB). Na postagem feita no Twitter, ele acusa o parlamentar de ser sócio da empresa Partners.
Beall teve a conta retida pela Rede Social. No Instagram, outras postagens feitas por ele, também foram marcas como “falsas”. Além de candidato derrotado, ele é ex-assessor parlamentar do deputado estadual de SP, Castello Branco (PL). Ele foi exonerado, conforme o site da Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp), no dia 30 de julho deste ano.
Antes, em 2019, Flávio Beall protagonizou uma polêmica ao ser exonerado publicamente da liderança do PSL ao destratar uma policial.
Ontem (29/11) começaram a circular prints de postagem feita pelo ex-assessor de que o deputado seria sócio e teria recebido do governo federal R$ 40 milhões em contratos.
A empresa
A Partners é uma empresa mineira de comunicação e foi acusada, em 2013, por uma ex-funcionária, de pagar propina a assessores do ministério da Fazenda.
Em 2015, ela venceu uma licitação promovida pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para “produção, gravação, edição e distribuição de produtos de rádio e televisão de cunho jornalístico, informativo, educativo e institucional, de orientação social”.
Recentemente, ela foi contratada novamente pelo órgão. A Comissão de Fiscalização e Controle (CTFC) aprovou nesta terça-feira (29) requerimento em que solicita ao TSE informações sobre o pregão que resultou na contratação.
O serviço a ser prestado inclui o “monitoramento online e em tempo real da presença digital do TSE e de temas de interesse da Justiça Eleitoral em redes sociais, com a entrega de alertas em tempo real (por app, email, SMS ou WhatsApp), relatórios analíticos diário, semanal e mensal com análise quantitativa e qualitativa e elaboração de plano mensal de ação estratégica para atuação em redes sociais”.
A empresa já recebeu ao menos R$40,2 milhões em contratos com o governo federal que datam desde 2012.
O contrato com o TSE foi homologado no valor de R$250 mil reais por um prazo de 12 meses, o que corresponde a R$20,8 mil por mês.
No quadro societário da Partners aparece o nome do sócio Domingos Sávio. Entretanto, não se trata do deputado que assina Domingos Sávio Campos Resende.
Veja a nota do deputado:
“O deputado federal Domingos Sávio foi surpreendido com a veiculação na data de ontem de prints de postagens no twitter feitas pelo usuário Flávio Beall, nas quais ele de forma fraudulenta acusa o parlamentar de ser sócio da empresa Partners, que segundo ele presta serviços ao TSE e que teria grandes contratos com órgãos governamentais.
Domingos Sávio esclarece que não existe nenhum tipo de fundamento nessa informação totalmente equivocada prestada pelo referido cidadão, o que pode ser facilmente comprovado em uma simples consulta na internet ao quadro societário da empresa, no qual não consta o CPF do parlamentar.
O usuário provavelmente se embasou no fato de um dos sócios da Partners se chamar “Domingos Sávio”, apenas, diferentemente do Deputado cujo nome completo é “Domingos Sávio Campos Resende”.
Desnecessário dizer que o nome Domingos Sávio não é incomum no Brasil, principalmente em razão de ser o nome de um santo da Igreja Católica. Chegar a conclusões equivocadas em razão do primeiro nome e, principalmente, publicar essas conclusões como se verdades fossem é um ato irresponsável e criminoso, tanto quanto seria responsabilizar um “João” ou um “José” por um ato cometido por alguém de mesmo nome.
Domingos Sávio Campos Resende é médico veterinário e produtor rural. Não participa de nenhum tipo de sociedade empresarial, e muito menos tem relações comerciais com órgãos do governo. Ao longo de seus mais de trinta anos de vida pública, tanto como vereador, prefeito de Divinópolis, deputado estadual por dois mandatos e agora reeleito para o quarto mandato como deputado federal, sempre se pautou pela fiscalização rigorosa, por princípios éticos inegociáveis e pela mais absoluta independência.
Esse ato injustificável é uma demonstração da tendência recente de indivíduos de pouca expressão produzirem fake news para tentar viralizar às custas da imagem de gente de bem. Ainda que não tivesse conhecimento de que estava errado, no mínimo cabe-lhe a responsabilidade de checar os fatos antes de publicá-los de maneira tão leviana, o que poderia ser feito em uma rápida pesquisa no Google.
As devidas medidas serão tomadas.”