Voos domésticos noturnos também foram suspensos; Emop assumiu a administração do aeroporto
Amanda Quintiliano
A suspensão dos voos da Azul e os gargalos enfrentados pelo Aeroporto Brigadeiro Cabral de Divinópolis serão discutidos nesta terça (10) no Ministério dos Transportes, Portos e Aviação Civil. A reunião está agendada com o deputado federal e presidente da Comissão de Viação e Transportes, Domingos Sávio (PSDB).
Ele irá pedir apoio para a compra de aparelhos e melhorias na unidade para transforma-lo numa alternativa ao Aeroporto da Pampulha, em Belo Horizonte, e, assim viabilizar a retomada dos voos comerciais. Desde o dia 30 de abril a companhia não opera mais o trajeto Divinópolis/Campinas e vice versa.
“Não podemos perder os voos da Azul. Isso é um absurdo”, afirmou o deputado defendendo o fortalecimento da viação regional.
“A viação regional que liga cidades polos, como Divinópolis, a várias capitais e a outras cidades polos de Minas, como Montes Claros, Uberlândia”, disse.
O tucano ainda afirmou que perder os voos é andar para trás.
“Se nós perdermos esse voo comercial, a gente perde competitividade comparado as cidades polos como, Juiz de Fora, Varginha, Uberaba, Montes Claros. Não podemos permitir isso”, ponderou.
Entretanto, antes da retomada dos voos e até em falar sobre melhorias a prefeitura precisa definir o modelo de gestão. A Socicam deixou a administração após a dívida do município com ela chega a R$2,6 milhões, sem acordo para pagar. Na semana passada o órgão divulgou que a Empresa Municipal de Obras Públicas (Emop) irá assumir até a realização de nova licitação.
“É preciso que a prefeitura estabeleça uma definição com a empresa prestadora ou a própria prefeitura assuma, mas montando uma estrutura que permita voos comerciais. Por isso vou me reunir com o ministro Valter Casimiro para conseguir os equipamentos, porque sei que a prefeitura tem dificuldade, desde o pórtico ao equipamento para pouso por aparelho”, comentou.
Equipamentos
Empresários de Divinópolis e região também sinalizaram apoio para a compra de equipamentos, pelo menos três dos necessários: pórtico, maleta e raio-X. Juntos eles custam cerca de R$130 mil ou aluguel mensal de R$8 mil.
Enquanto uma definição não ocorre por parte do próprio município que busca também uma parceria com a Infraero para a administração, a situação vai se agravando ainda mais.
Os voos domésticos noturnos também foram suspensos por falta de profissional.